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Foto: Marina Torres/DP |
O Governo do Estado se pronunciou após mais um prédio-caixão condenado vir ao chão, em um conjunto habitacional da cidade de Paulista, no Grande Recife. O imóvel é localizado no Conjunto Beira Mar, no bairro do Janga. O incidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (30), e não houve vítimas.
As informações repassadas são de que a demolição dos prédios condenados para dar espaço a novas estruturas de moradias popular faz parte do acordo acordo firmado em junho de 2024 entre o Governo Federal, a Caixa Econômica Federal, o Poder Judiciário, o Ministério Público Federal, a Procuradoria Geral de Justiça de Pernambuco e a Confederação Nacional das Seguradoras.
A gestão estadual deve atuar após as demolições, que dependem das seguradoras, conforme divulgado em nota. Confira na íntegra.
“O Governo do Estado de Pernambuco esclarece que a demolição dos blocos do Conjunto Beira Mar, em Paulista, faz parte do acordo firmado em junho de 2024 entre o Governo Federal, a Caixa Econômica Federal, o Poder Judiciário, o Ministério Público Federal, a Procuradoria Geral de Justiça de Pernambuco e a Confederação Nacional das Seguradoras. De acordo com esse entendimento, a responsabilidade pela demolição das edificações em situação de risco cabe à seguradora envolvida, enquanto o pagamento do auxílio financeiro aos moradores é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal”, pontuou.
“O Estado de Pernambuco reforça que sua atuação se dá posteriormente, apenas após a demolição dos blocos, quando os terrenos são repassados. Quanto aos estabelecimentos comerciais na área, é importante destacar que foram construídos de forma irregular, sem autorização dos órgãos competentes. A regularização dessas estruturas deverá ser conduzida pela prefeitura municipal, conforme as normas urbanísticas e de segurança aplicáveis. O Governo do Estado segue acompanhando a situação e permanece à disposição para colaborar dentro de suas atribuições”, complementou a gestão estadual.
Defesa civil
De acordo com a Defesa Civil da Cidade de Paulista, “a principal preocupação das autoridades é a segurança da população, especialmente das famílias que vivem no entorno da estrutura afetada”.
Segundo levantamento preliminar do órgão, entre 10 e 12 imóveis foram impactados, mas esse número pode aumentar devido à situação estrutural de outros prédios interditados na região.
Conjunto Beira Mar
Em julho de 2023, no mesmo grupo residencial, 14 pessoas morreram vítimas do desabamento do bloco D7, bem próximo do D10, que hoje (30), teve parte de sua estrutura ao chão.
Atualmente, 32 blocos do Conjunto Beira-Mar estão interditados. Há relatos de ocupação irregular em alguns deles, como os blocos C-14 e C-15.
Nem todos os prédios do conjunto foram interditados. Os cinco blocos da ala A, com 13 andares, seguem habitados e passam por processo de recuperação estrutural.
No dia 6 de julho de 2023, o bloco D7 do Beira Mar desabou, deixando 14 mortos, sendo quatro mulheres, três homens, além de quatro crianças e três adolescentes.