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Saneamento básico
TCE-PE aponta que Estado tem 87% de cobertura de água tratada e 34% de acesso a esgoto
Levantamento foi divulgado, nesta terça (3), a partir de dados coletados em 2022, últimos disponíveis na série histórica
Publicado: 03/12/2024 às 14:53
Tubulações de água e esgoto são implantadas pela Compesa/Foto: Arquivo
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) divulgou, nesta terça (3), um levantamento sobre as condições de abastecimento e saneamento no Estado.
Com dados de 2022, o tribunal apontou que a cobertura de água tratada chegou a 87% dos pernambucanos.
Ainda segundo o TCE-PE, esse é o último ano com registros na série histórica.
No mesmo período, um terço da população (34%) tinha acesso à coleta de esgoto.
Origem dos dados
O estudo analisou dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Eles são das prefeituras e de órgãos estaduais:
Agência de Regulação de Pernambuco (ARPE),
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH)
Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa)
Secretaria de Recursos Hídricos e de Saneamento de Pernambuco.
Água
Segundo o estudo, a cobertura de água tratada em Pernambuco aumentou de 84%, em 2021, para 87% em 2022.
Com isso, o estado superou as médias do país (85%) e da região nordeste (77%).
A tendência é que o Estado atinja a meta de 99% de cobertura em 2029, antes do prazo definido pelo Novo Marco de Saneamento, que é 2033.
No entanto, para atingir essa meta, será essencial resolver problemas como racionamento, perdas de água e qualidade do tratamento.
Conforme o TCE-PE, embora a perda de água no processo de distribuição tenha diminuído de 66% em 2010, para 48% em 2022, o índice ainda preocupa, pois o desperdício é grande.
De cada 100 litros de água distribuídos, 48 litros não chegam às residências devido a vazamentos, furtos e erros de leitura, ou ao não faturamento.
Esgoto
Em relação à coleta e tratamento de esgoto, Pernambuco passou de 31%, em 2021, para 34% em 2022.
Apesar da melhora, o índice está abaixo da média nacional (56%) e distante da meta de 90% em 2033, estabelecida pelo Novo Marco Legal.
A projeção é que, em 2033, o estado alcance 68% de cobertura de esgoto.
“É importante lembrar que se levarmos em consideração as ligações domiciliares, o desafio do esgoto é ainda maior, já que os números citados dizem respeito apenas à implantação das redes coletoras. Ou seja, não basta disponibilizar a rede coletora, é necessário que os domicílios se conectem a ela”, afirmou Alfredo Montezuma, auditor de controle externo e gerente de Estudos e Suporte à Fiscalização do TCE-PE.
Obras paradas
O levantamento apontou ainda que, das 753 obras de saneamento no estado, 238 estavam paralisadas ou inacabadas em 2023 (dado mais atualizado sobre as obras paralisadas). Esses contratos somavam R$ 1,76 bilhão, e correspondiam a 30% do valor total de obras paradas em Pernambuco.