Com déficit na PM, Raquel anuncia 2,4 mil soldados a mais nas ruas a partir de julho de 2025

A governadora Raquel Lyra (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (30), que mais 2,4 mil soldados da Polícia Militar devem começar a atuar no Estado a partir de julho de 2025. O incremento nos quadros da corporação é uma das principais apostas do governo para aumentar a sensação de segurança.

“A gente precisa de gente. Infelizmente, temos hoje o mesmo efetivo de policiais militares na rua que tínhamos há 20 anos”, declarou Raquel, ao participar da primeira aula do Curso de Formação e Habilitação de Praças (CFHP 2024). O evento foi realizado na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.

Atualmente, a PM conta com pouco mais de 15 mil homens e mulheres nas suas fileiras. Esse quantitativo, no entanto, representa um déficit de mais de 40% em relação ao efetivo ideal da corporação, que seria de 26,8 mil policiais, segundo dados oficiais.

Na ocasião, o governo também prometeu contratar um total de 7 mil novos agentes de forças de segurança, até 2026, o que inclui novos agentes do Corpo de Bombeiros e das Polícias Civil e Científica. No momento, três cursos de formação estão em andamento e há expectativa para abertura de novos concursos.

 

Curso de formação
 

O curso é a última etapa antes do ingresso efetivo de um agente na PM. Na turma de soldados, que tem 2.064 alunos homens e 336 mulheres, a previsão é que a formação dure sete meses.

Para o secretário de Defesa Social (SDS), Alessandro Carvalho, o aumento do efetivo pode ajudar as pessoas a se sentirem mais protegidas. “Já estamos conseguindo reduzir todos os principais indicadores de violência no Estado, a exemplo de homicídio, roubo e violência contra a mulher. Com mais esse efetivo, que chegará às ruas, nós viraremos efetivamente a chave da segurança pública de Pernambuco”, disse.

Além dessa turma, outros 2,4 mil novos soldados devem ser chamados para iniciar o curso no próximo ano. “É total de 4.800 novos policiais militares para as fileiras da instituição”, afirmou o coronel Torres, comandante da PM em Pernambuco. “Será um processo intenso de formação, com disciplinas de direitos humanos, saúde mental e disciplinas técnicas, como tiro e abordagem.”