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HOMICÍDIO

PM que matou mototaxista em Camaragibe tem prisão preventiva decretada: ''Notória periculosidade''

O assassinato teria acontecido após o motorista cobrar uma corrida de R$ 7

Publicado em: 02/12/2024 18:06 | Atualizado em: 02/12/2024 18:26

Crime aconteceu no domingo (1º), no bairro Alberto Maia (Reprodução de vídeo)
Crime aconteceu no domingo (1º), no bairro Alberto Maia (Reprodução de vídeo)

 
A Justiça de Pernambuco decretou, nesta segunda-feira (2), a prisão preventiva do policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, que foi detido em flagrante por matar a tiros o mototaxista Thiago Fernandes Bezerra, de 23, em Camaragibe, no Grande Recife.

A decisão da audiência de custódia, obtida pelo Diario de Pernambuco, é assinada pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O homicídio pelo qual o PM é acusado teria acontecido após o motorista cobrar uma corrida de R$ 7.

“O autuado matou a vítima, foi perseguido e preso dentro de um coletivo portando a arma de fogo com a qual praticou o homicídio. Foi linchado pela população”, registra o magistrado, no documento. “Há notória periculosidade no modo de agir, a ensejar na decretação da prisão preventiva como garantia da ordem pública”.

Ainda segundo o juiz, “a periculosidade social do autuado é perfeitamente verificada pelos atos inconsequentes, violentos e ameaçadores, no contexto do delito”.


O crime


Thiago foi assassinado pelo policial durante uma discussão rápida, em via pública, após uma corrida, no domingo (1º). Câmera de segurança flagrou o momento em que Venilson desce da moto, saca a arma e atira contra a vítima.
 

Em seguida, o sargento teria tentado fugir em um ônibus, mas foi alcançado por populares e acabou espancado. Após ser detido, o policial foi levado ao hospital com sangramentos no couro cabeludo e suspeita de traumatismo craniano. 

O exame médico, no entanto, atestou que Venilson não sofreu fraturas no rosto. A arma do crime, um revólver calibre 38, também foi apreendida. 

O caso comoveu a população e motivou protestos na cidade.

“Eu imaginava que ele pudesse perder a vida de diversas formas, mas por um policial, que é pago para proteger a gente? Como uma pessoa sem controle emocional a ponto de tirar a vida do outro por conta de R$ 7 passa na polícia? R$ 7 foi o que valeu a vida do meu marido. São sonhos destruídos”, declarou a esposa da vítima.

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