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Criminalidade

Guerra de facções: trio é denunciado por matar jovem por engano após confundi-lo com rival

O assassinato do jovem, que não tinha antecedentes criminais ou envolvimento com facções, comoveu a comunidade, no Grande Recife

Publicado em: 05/12/2024 16:22 | Atualizado em: 05/12/2024 16:51

Viaturas foram acionadas para local do crime  (Foto:Reprodução)
Viaturas foram acionadas para local do crime (Foto:Reprodução)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu denúncia, nesta quarta-feira (4), contra três homens acusados de matar o jovem Rafael Felipe da Silva, de 19 anos, por engano após confundi-lo com integrante de uma facção rival que disputa o tráfico de drogas no Jardim Monte Verde, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.


Rafael foi morto a tiros em uma barbearia, na Avenida Chapada do Araripe, na noite de 24 de outubro. O crime aconteceu por volta das 20h30. 
 
O assassinato do jovem, que não tinha antecedentes criminais ou envolvimento com facções, comoveu a comunidade.


Na ocasião, bandidos armados entraram no estabelecimento, expulsaram os demais clientes e balearam a vítima pelo menos seis vezes. Rafael foi atingido na cabeça, no tronco e nos membros.


A investigação apontou que os responsáveis pelos disparos foram Weverton de Sousa Lima, que é conhecido como “Bigode”, de 25 anos; Djonathan de Barros Anselmo, o “TZ”, de 23, e José Erivando Matias da Silva, o “Vando”, de 19.


O trio deve responder por homicídio qualificado, por motivo fútil e por meio de emboscada, segundo o MPPE. Na denúncia, a promotoria diz que o paradeiro dos acusados é desconhecido atualmente.


O MPPE afirma, ainda, que o assassinato do jovem está inserido em “contexto da disputa territorial pelo controle do tráfico de drogas na região”.


Segundo a investigação, os acusados fazem parte de uma facção chefiada por um traficante identificado como “Gegê”, que tenta dominar o crime no Jardim Monte Verde. Atualmente, a área seria controlada pelo grupo criminoso de “Jonathan”.


“Os autos revelam que a vítima não era envolvida com a criminalidade, tampouco integrava algum dos grupos criminosos, sendo pessoa benquista na localidade”, diz o MPPE.


“Entretanto, passou a frequentar a barbearia, ponto de encontro dos membros do grupo de Jonathan, iniciando-se suspeitas pelos rivais de que ele poderia estar envolvido com a facção”.
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