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Caso Darik: MPPE alega falta de provas contra PMs e pede arquivamento de inquérito

Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, morreu após ser atingido por balas perdidas no dia 16 de março

Publicado: 03/12/2024 às 17:53

Darik Sampaio da Silva foi morto aos de 13 anos de idade/foto: Reprodução

Darik Sampaio da Silva foi morto aos de 13 anos de idade/foto: Reprodução

Darik Sampaio da Silva foi morto aos de 13 anos de idade

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu o arquivamento do inquérito que investigava o homicídio do adolescente Darik Sampaio da Silva, de 13 anos, no Recife, ocorrido em 16 de março deste ano.

 

O jovem, que era jogador da equipe sub-14 de futsal do Sport Club do Recife, foi vítima de balas perdidas durante uma perseguição envolvendo a Polícia Militar e fugitivos que estavam em um carro roubado. Segundo o MPPE, embora os tiros provavelmente tenham partido da PM, não é possível precisar quem foi o agente responsável pela morte.

 

A perseguição policial aconteceu na Rua Professora Arcelina Câmara, no Jordão, Zona Sul do Recife. No hora da ocorrência, Darik estava conversando com duas amigas na calçada de casa e acabou atingido por dois disparos.

 

“Apesar de os indícios sugerirem que os disparos fatais podem ter sido efetuados por policiais militares envolvidos na ação, não se pode determinar com precisão qual agente foi o responsável direto”, registra o promotor Ademilton Carvalho Leitão, ao propor o arquivamento. 

 

Segundo o inquérito, os PMs envolvidos na ocorrência eram Tobias Pedro da Silva e Diego Fernandes do Nascimento, que estavam juntos em uma viatura, além de Maurício Jackson da Silva, Tiago Henrique Rodrigues Mendonça e João Paulo Silva de Oliveira, que estavam em outro carro policial.

 

Com exceção de Tiago Henrique, todos teriam efetuado disparos de arma de fogo durante a perseguição, de acordo com a investigação. Na maioria dos casos, a arma usada era uma pistola calibre .40. Já o PM Tobias Pedro usava uma submetralhadora.

 

Os PMs tentavam prender Leonardo de Lima Magalhães e Paulo Roberto da Silva Luz Júnior, que teriam confirmado ter roubado um Chevrolet Tracker, alvo da perseguição. Eles estariam com uma espingarda calibre 12, mas não chegaram a efetuar disparos, de acordo com a investigação.

 

Para o MPPE, o inquérito não apontou evidências suficientes para comprovar que os disparos partiram dos ocupantes do veículo perseguido. 

 

No local do crime, foram encontrados projéteis compatíveis com armas de calibre .40, mas nenhum vestígio de munições de calibres 12 ou 38, que eram as armas dos suspeitos perseguidos.

 

A perícia tanatoscópica indicou que a causa da morte foi um choque hipovolêmico provocado por ferimentos na coxa direita. Os laudos de eficiência e comparação balística indicaram a compatibilidade dos projéteis encontrados com armas de calibre .40.

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