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Ataque a contas do Bolsa Família: Polícia Civil encerra inquérito e indicia duas pessoas

Corporação disse, nesta segunda (18), que foram identificadas duas pessoas responsáveis pelo recebimento desses valores: uma do Rio de Janeiro e outra de Pernambuco

Publicado: 18/11/2024 às 07:23

Bolsa-Família foi alvo de crime/Foto: Arquivo

Bolsa-Família foi alvo de crime/Foto: Arquivo

Bolsa-Família foi alvo de crime
Duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil por um ataque contra beneficiários do Bolsa-Família ocorrido em 22 de agosto deste ano. 
 
Por meio de nota, divulgada nesta segunda (18), a corporação disse que encerrou o inquérito, feito pela Delegacia de Água fria, na Zona Norte do Recife. 
 
As duas pessoas foram indiciadas por furto eletrônico e lavagem de dinheiro. 
 
O que aconteceu
 
Conforme a Polícia Civil, vários beneficiários do Bolsa Família tiveram valores transferidos de suas contas para contas de terceiros.
 
Isso foi feito por meio de operações realizadas sem anuência e conhecimento deles. 
 
As vítimas tentaram fazer o saque,  mas não havia dinheiro disponível. 
 
A partir de registros de Boletins de Ocorrência registrados na DP de Água Fria, foi feita uma triagem e identificado que três mulheres haviam sido beneficiadas e uma delas informou que um homem a havia procurado e pagou R$ 200 para utilizar a sua conta digital. 
 
Seguindo a investigação, foram identificadas duas pessoas responsáveis pelo recebimento desses valores: uma do Rio de Janeiro e outra de Pernambuco. 
 
Detalhes
 
Na época a Caixa Econômica Federal  informou que os clientes que se sentirem lesados poderiam fazer um pedido de contestação dos saques.
 
Caso ficasse comprovada a fraude, o banco providenciaria a devolução do valor retirado das contas. 

 Como foi 
A polícia informou ter  registrado 15 boletins de ocorrência.
Foi feita uma triagem para identificar as pessoas que teriam sido beneficiadas com os valores.
 
Com isso, a corporação localizou três mulheres, sendo duas de São Paulo e uma de Pernambuco.
 
No entanto, ao serem interrogadas, as duas mulheres de São Paulo negaram a titularidade
 
daquelas contas, afirmando não saber como elas teriam sido abertas. 


A mulher localizada em Pernambuco afirmou que abriu aquela conta após ter recebido uma proposta de um amigo.
 
Esse amigo informou que um homem iria fazer um determinado serviço e que estava precisando de uma conta digital. 
 
Este fato aconteceu dois dias antes do ataque e ela teria ganhado o valor de R$ 200 pelo
fornecimento da conta.

No dia 23 de agosto,  ao assistir a várias reportagens noticiando o furto de valores de beneficiários do Bolsa-Família, a mulher desconfiou e acessou aquela conta, oportunidade em que identificou que a conta teria passado a madrugada recebendo vários valores via PIX e logo após sendo transferido para a conta do
amigo e do tal homem. 

A partir daí, a polícia identificou vários outros elementos de informação.
 
Foi, então, possível identificar  duas pessoas responsáveis pelo recebimento desses valores:
 
Um homem de 34 anos, natural do Rio de Janeiro, que mora no Recife;
 
Um homem de 26 anos, natural do Recife;
 
'Foi constatado que ambos são contumazes em delitos desta natureza, existindo contra eles vários Boletins de Ocorrência em outros Estados da Federação", explicou a polícia, em uma apresentação do caso feita para a imprensa, nesta segunda. 

Crimes

Os dois foram indiciados pelos crimes de Furto Eletrônico e Lavagem de Dinheiro, Art. 155, §4º do CPB e Art. 1º da Lei 9613/98.
No decorrer das investigações foram solicitadas algumas medidas cautelares que não foram deferidas pelo poder judiciário.
Com a conclusão destas investigações, este inquérito poderá servir de elemento de informação apto a subsidiar outros crimes da mesma natureza que eles tenham cometido.
 
 
O banco deu as seguintes orientações. 

A Caixa não envia SMS com link e só envia e-mails se o cliente autorizar;
 
Não fornecer senhas ou outros dados de acesso em outros sites, ou aplicativos;
 
O cliente deve estar sempre atento a qualquer atividade e situação não usual e, principalmente, não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber;
Desconfiar de informações sensacionalistas e de “oportunidades imperdíveis”;
 
Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário;
 
Utilizar sempre navegadores e softwares de antivírus atualizados;
A Caixa nunca pede senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual;
 
Senhas e cartões são pessoais e intransferíveis e as senhas não devem estar disponíveis em aparelhos celulares ou computadores;
A Caixa não realiza ligações telefônicas solicitando a instalação de aplicativos;
 
Não inserir usuário ou senha de acesso em sites e aplicativos que não sejam desenvolvidos pela instituição;
 
Todos os aplicativos da Caixa disponíveis nas lojas do sistema Android, iOS e Windows Phone possuem como desenvolvedor a Caixa Econômica Federal.
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