ACIDENTE

Morre empresário sobrevivente de queda de helicóptero em Caruaru

O empresário Henrique da Cunha Santos teve 90% do corpo queimado e estava internado desde o dia do acidente

Publicado em: 30/10/2024 10:18 | Atualizado em: 30/10/2024 14:54

Empresário Henrique da Cunha Santos (Foto: Arquivo da família
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Empresário Henrique da Cunha Santos (Foto: Arquivo da família )
O empresário Henrique da Cunha Santos de 41 anos, que sobreviveu a queda de um helicóptero em Caruaru, no dia 9 de setembro, morreu na noite desta terça-feira (29), no Hospital São Marcos.  

De acordo com a nota emitida pelo advogado da família, Nívson Rafael Braga, Henrique faleceu em decorrência da falência múltipla dos órgãos, resultante das inúmeras queimaduras. 

O empresário teve 90% do corpo queimado e estava internado em estado grave desde o dia do acidente.
 
Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do empresário.
 
Procedimentos e transplantes
 
Após o acidente, Henrique da Cunha Santos foi socorrido para o Hospital Santa Efigênia, localizado em Caruaru, e no dia 11 de setembro foi transferido para o Hospital particular São Marcos, no Recife. Ao todo, foram 50 dias de internamento.
 
Segundo informações do advogado, Henrique chegou a passar por mais de 10 intervenções cirúrgicas e precisou receber um transplante de pele humana para as reconstruções necessárias.
 
O acidente  
 
A queda do helicóptero aconteceu no dia 9 de setembro, em uma área de mata, no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Dentro da aeronave estavam dois pilotos, Raildo Rodrigues e André Gomes Ferreira, que morreram no local, e o empresário Henrique da Cunha Santos, que conseguiu pular do helicóptero antes de tocar o solo.
 
Sobre o helicóptero 

O helicóptero que caiu foi fabricado em 2008 pela Robinson Helicopter e estava registrado no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).  
 
A propriedade do veículo era dividida entre Marcelo Ricardo Freitas Gonzaga, José Gonzaga Sobrinho e a empresa J.F & Filhos Combustíveis LTDA. Posteriormente, André Luiz adquiriu o helicóptero por conta das investigações da polícia. 

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave não tinha autorização para táxi aéreo e estava com o certificado de aeronavegabilidade cancelado. 

Por meio de nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que “investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizados em Recife (PE), realizou no dia 9 de setembro a coleta de dados da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-OPS, em Caruaru (PE)”. 

A FAB ainda destacou que a “conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.