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Saúde feminina

Histerectomia é uma das opções no tratamento da endometriose severa

Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose, uma a cada dez mulheres sofre com a doença no país

Publicado em: 21/08/2024 07:00 | Atualizado em: 22/08/2024 13:00

Segundo o especialista, o procedimento cirúrgico não é realizado apenas para o tratamento da endometriose (Marina Torres/DP)
Segundo o especialista, o procedimento cirúrgico não é realizado apenas para o tratamento da endometriose (Marina Torres/DP)

 
Alto fluxo menstrual, cólica menstrual incapacitante, dor pélvica crônica, dor na relação sexual e até para urinar. Esses são alguns dos sintomas da endometriose, uma doença que atinge uma a cada dez mulheres no país, de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Endometriose. Cerca de 57% das pacientes sofrem com dores crônicas, e a histerectomia pode ser uma opção, considerando-se outras terapêuticas, já que ainda não existe uma cura para esta condição.
 
A endometriose é uma doença inflamatória e crônica caracterizada pela presença do tecido endometrial (revestimento interno do útero) fora da cavidade uterina, que afeta, em sua maioria, mulheres jovens e adultas. A enfermidade é identificada a partir dos sintomas da paciente e com exames de imagens, como ultrassom e a Ressonância Magnética da pelve, solicitados por um ginecologista. Após o diagnóstico, o médico avaliará o tipo da doença (superficial, ovariana ou infiltrativa profunda) e escolherá qual a melhor forma de tratamento, já que não existe apenas uma opção para o controle dos sintomas. 

As recomendações terapêuticas podem incluir dieta balanceada, uso de medicamentos hormonais associados a outras terapêuticas, e em casos graves, até a histerectomia. “Nesses casos mais severos, quando há também sangramentos constantes e o diagnóstico de miomas, com dor intensa no período menstrual, o médico irá avaliar a conduta, sempre priorizando a qualidade de vida da mulher”, diz o ginecologista do Hospital Jayme da Fonte, Waldemy Carvalho. 
 
Ele explica, ainda os diferentes tipos de histerectomia: a total, que remove o útero e o colo do útero, e a subtotal, que retira apenas o corpo do útero. “É essencial que as pacientes compreendam os benefícios e riscos da cirurgia, já que a infertilidade é uma consequência inevitável após o procedimento,” ressalta.
 
Existem várias técnicas para a cirurgia, como a vaginal, na qual o útero é removido pela vagina após cortes internos; a laparoscópica, utilizando-se uma câmera e pinças inseridas por pequenas incisões na barriga, por onde o útero é extraído; ou ainda na abdominal, com o útero retirado por meio de uma incisão na barriga.
 
Segundo o especialista, o procedimento cirúrgico é realizado no tratamento de vários problemas, como miomas, câncer do útero, câncer de colo do útero, câncer de ovário e sangramentos uterinos anormais. “A qualidade de vida, após a histerectomia, só aumenta, pois a remoção do útero oferece uma melhora significativa nos sintomas da paciente. A paciente pode seguir normalmente com a sua rotina após o procedimento, inclusive manter uma vida sexual ativa e saudável”, finaliza Waldemy Carvalho. 
 
Próximo ao marco de 70 anos, o Hospital Jayme da Fonte possui equipe de referência na área de ginecologia e oferece tratamento para diversas condições. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência 24h, além de consultas ambulatoriais.

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