Paralisação
Greve de ônibus entra no segundo dia; expectativa é que paralisação seja encerrada após audiência no TRT
A greve afeta 1,2 milhão de passageiros que usam diariamente o transporte público
Por: Adelmo Lucena
Publicado em: 13/08/2024 07:25
Apenas 40% da frota deve circular nesta terça-feira (13) (Foto: Rafael Vieira/DP) |
A greve dos motoristas de ônibus entrou no segundo dia consecutivo e, mesmo com mais ônibus em circulação, passageiros enfrentam dificuldades para chegar aos destinos nesta terça-feira (13). Uma audiência de conciliação convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) deve ser realizada às 14h desta terça, com a presença do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana e do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Pernambuco (Urbana-PE).
A reunião será realizada na sede do TRT-6, no Bairro do Recife, área central da capital pernambucana, com o intuito de chegar a um acordo nos pedidos dos trabalhadores com as empresas para encerrar a greve dos ônibus.
Ainda nesta segunda-feira (12), o TRT determinou que o Sindicato dos Rodoviários recomende aos motoristas de ônibus que voltem a operar com a frota mínima de 60% nos horários de pico e de 40% nos demais horários durante a greve. Pelo menos 1,2 milhão de passageiros são afetados com a paralisação dos motoristas.
Na decisão, o desembargador levou em conta que "nem todo passageiro do sistema de transporte tem a necessidade de se locomover e isso fica muito evidente quando verificamos que a frota de ônibus atende às mais diversas atividades e a lei reduziu a essa situação àqueles que vão laborar em serviços 'coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população'”.
Motivação
A greve foi decretada após mais de um mês de negociação entre o Sindicato dos Rodoviários e a Urbana-PE, totalizando 12 assembleias. A entidade sindicalista realizou reuniões nas garagens das permissionárias de ônibus para saber a opinião dos motoristas acerca das propostas e fez o indicativo de greve.
Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste de 5% acima da inflação, fim do controle pelo GPS, fim da compensação de horas, além de vale-alimentação de R$ 720, abono de R$ 500 para quem exerce dupla função e implementação de plano de saúde para os motoristas de todas as permissionárias.
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