Urbanismo

PCR anuncia mais cinco hectares para parque linear

Com isso, a área inicial prevista para o público vai dobrar de tamanho. Outras importantes ações mitigadoras do projeto Novo Recife também foram pactuadas junto ao Governo Federal e ao empreendedor privado

Publicado em: 04/06/2024 21:45

Acordo foi firmado pelo prefeito João Campos e o chefe da AGU, Jorge Messias (dir.) (Divulgação)
Acordo foi firmado pelo prefeito João Campos e o chefe da AGU, Jorge Messias (dir.) (Divulgação)
A Prefeitura do Recife anunciou, ontem, a incorporação de uma área de 50 mil m² (cinco hectares) de um antigo pátio ferroviário ao projeto do parque linear que está previsto para ficar localizado na bacia do Pina. Esse acréscimo, segundo a gestão municipal, vai dobrar o tamanho da área, que deve começar a receber a primeira etapa das obras em 60 dias

O prefeito João Campos esteve em Brasília ao lado do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, quando as negociações com o Governo Federal foram concluídas. “Assinamos esse acordo que será homologado pela Justiça e que vai duplicar a área pública do Cais José Estelita. Essa área vai incluir também a preservação da memória ferroviária em um investimento de R$ 20 milhões, com o seu espaço ficando disponível para todas as pessoas da cidade. Quero agradecer a todos os envolvidos nesse processo, com destaque especial para o ministro Jorge Messias”, enfatizou.

Outras ações mitigadoras também foram pactuadas, a exemplo da derrubada do muro que separava o pátio ferroviário da Avenida Sul, viabilizando a criação de uma alameda que ligará a Avenida Dantas Barreto à avenida do Cais José Estelita e à bacia do Pina, facilitando o acesso à via que desemboca na ponte Joaquim Cardoso.

“O projeto integra o sistema viário de planejamento para a Avenida Sul, a Rua Imperial e o complexo adjacente. A expectativa é que essa nova configuração traga uma transformação significativa para a região, ampliando o acesso a novos equipamentos públicos e inaugurando uma nova vocação para o local”, afirmou o procurador-geral da Prefeitura do Recife, Pedro Pontes, citando também entre as medidas adicionais mitigadoras a restauração de cerca de dez armazéns que são considerados patrimônios históricos.

O custo de toda a ampliação será arcado por um empreendedor privado, totalizando mais de R$ 120 milhões em ações mitigadoras, mas caberá à PCR definir como os parques públicos serão integrados, entre outras decisões sobre as contrapartidas do Projeto Novo Recife. Considerando todas as ações mitigadoras, 65% da área contemplada será projeto de área pública e 35% será composta por empreendimentos imobiliários, de acordo com a Prefeitura.
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