Água contaminada

MPPE faz recomendações à prefeitura de Olinda após identificação de bactérias em água para consumo humano

O MPPE identificou, na água, uma bactéria responsável por causar dores abdominais, febre e diarreia

Publicado em: 29/05/2024 17:30 | Atualizado em: 29/05/2024 18:45

De acordo com o MPPE, a determinação ocorreu porque foi constatado que a planilha do Siságua não está com as atualizações em dia e há redução do número de amostras a serem analisadas (Foto: Divulgação)
De acordo com o MPPE, a determinação ocorreu porque foi constatado que a planilha do Siságua não está com as atualizações em dia e há redução do número de amostras a serem analisadas (Foto: Divulgação)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que os moradores de Olinda sejam informados pela Secretaria de Saúde do município sobre a qualidade da água disponibilizada para consumo humano. A orientação foi feita pela  2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda na segunda-feira (27).

O texto recomenda que a qualidade da água seja informada através do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Siságua) e orienta que dados de cadastro, controle e vigilância das formas de abastecimento de água para consumo sejam frequentemente atualizados. 

A recomendação leva em conta o art. 13, incisos III e IX da Portaria GM/MS nº 888, de 4 de maio de 2021.

De acordo com o MPPE, a determinação ocorreu porque foi constatado que a planilha do Siságua não está com as atualizações em dia e há redução do número de amostras a serem analisadas. 

Além disso, a legislação estabelece parâmetros mínimos para análise da água, o que não vem sendo cumprido pelo município de Olinda, segundo o Ministério Público.

Olinda registrou duas contaminações pela bactéria e.coli em locais não especificados nos meses de janeiro e junho de 2023, segundo  a Promotora de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, Maisa Silva Melo de Oliveira.

Em 2022, foram encontradas 14 amostras contaminadas com e.coli (13 sem local identificado e uma na USF do Alto da Bondade), conforme registrado nas planilhas. A bactéria e.coli pode causar dor abdominal, diarreia constante, dor e ardor ao urinar, presença de sangue nas fezes ou na urina, urina turva e febre baixa e persistente.

O MPPE deu um prazo de 20 dias para encaminhar resposta por escrito à Promotoria de Justiça, informando acerca do cumprimento das medidas recomendadas. 

O que diz a prefeitura

Por meio de nota, a Prefeitura de Olinda informou que “o Sistema de Informações sobre Saneamento (SIS Água) está constantemente atualizado e dentro das normativas vigentes”.

A gestão municipal também destacou que o “material está em estrita conformidade com todos os requisitos legais e regulatórios de qualidade da água, superando frequentemente os parâmetros exigidos”.

“Os dados sobre a qualidade da água, com relatórios publicados, estão disponíveis regularmente dentro do Sistema em questão. Reforçamos que as informações solicitadas serão prontamente enviadas ao MPPE e a outros órgãos competentes, reafirmando nosso compromisso com a transparência e a responsabilidade”, finaliza a nota enviada ao Diario de Pernambuco.
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