Dia da Costureira

Detentas costuram mais de 7,5 mil peças por dia em duas unidades femininas do Estado

SEAP/PE mantém convênio com três empresas, empregando 61 mulheres

Publicado em: 25/05/2024 08:58 | Atualizado em: 25/05/2024 09:24

Detentas trabalham com costura em unidades prisionais  (Foto: Governo do Estado)
Detentas trabalham com costura em unidades prisionais (Foto: Governo do Estado)
O 25 de maio é o dia Dia da Costureira.   Neste sábado, para marcar a data, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) divulgou dados sobre os trabalhos realizados nas unidades penitenciárias do Estado.
 
O sistema prisional de Pernambuco tem 61 mulheres que costuram. Elas estão recolhidas em  duas unidades prisionais femininas, localizadas na Região Metropolitana do Recife (RMR).  

A arte de costurar está presente na Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR) e na Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL), ambas na RMR. 
Na Colônia do Recife está instalada a empresa Tek Shine, onde as detentas colocam ilhós em cortinas e as embalam. 
 
Na unidade de Abreu e Lima, as máquinas de costuram não param nas duas empresas instaladas: a Rochelle, no ramo de costuras de lençóis e fronhas, e na PBF, que atua na confecção de fardamento escolar.

As duas empresas são conveniadas à SEAP e empregam 61 mulheres com uma produção diária de 7,6 mil peças. Já na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste do Estado, existem quatro PPLs confeccionando seus fardamentos no projeto Retalhos de Vida: Costurando Sonhos, sendo duas concessionadas e duas voluntárias. 
 
A produção varia de acordo com a demanda. “Não há outra forma de ressocialização, que não seja pelo trabalho e estudo. Os convênios com empresas privadas e órgãos públicos são importantes para que esse processo ocorra”, ressaltou o secretário estadual da SEAP/PE, Paulo Paes.

A detenta da CPFR, R.B.S, 37 anos, fala da importância do trabalho. “Estou presa há um ano e três meses e o trabalho faz com que a gente se desenvolva mais, os nossos pensamentos são outros, e ainda tem o convívio com as meninas que é muito bom”, elencou.

Conforme a Lei de Execução Penal, entre os benefícios do trabalho prisional estão 75% do salário mínimo, ficando 25% (pecúlio) a serem liberados após a liberdade, e a remição de pena de um dia a menos para cada três dias trabalhados. No caso das voluntárias, o benefício é a remição de pena. 

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