DROGAS
Quadros, brinquedos e Bíblia: saiba onde traficantes escondem drogas para tentar enganar a polícia
Polícia Federal alerta que organizações criminosas usam as mais diferentes artimanhas para esconder entorpecentes
Por: Aimé Kyrillos
Publicado em: 09/04/2024 13:01
No dia 5 de abril deste ano, a Polícia Federal (PF) prendeu em Ponta Porã, no Mato Grosso, um homem no momento em que ele despachava um volume em uma agência dos Correios.
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No pacote, havia um brinquedo e, dentro dele, pequenas embalagens contendo maconha, que somaram mais de 10 quilos (Foto: Divulgação/PF) |
No pacote, havia um brinquedo e, dentro dele, pequenas embalagens contendo maconha, que somaram mais de 10 quilos.
A remessa destinava-se a Pernambuco. Durante o registro de prisão, o preso informou que receberia R$ 300 para enviar o pacote.
Diante desse caso, a PF alerta que os traficantes têm usado, cada vez mais, métodos para tentar enganar a fiscalização nos aeroportos, residências e rodovias.
As apreensões indicam que o crime organizado busca alternativas para envio de drogas ao exterior nos voos comerciais e para ocultar as drogas em residências.
Os flagrantes de apreensões de drogas nos aeroportos do Brasil vêm aumentando nos últimos anos, com operações das polícias, inteligência e cooperação entre agências de segurança e controle.
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Alguns métodos usados por criminosos para tentar esconder as drogas, chamam a atenção, por se destacarem pela forma como os entorpecentes são escondidos (Foto: Divulgação/PF) |
Alguns métodos usados por criminosos para tentar esconder as drogas, chamam a atenção, por se destacarem pela forma como os entorpecentes são escondidos.
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Na maioria dos casos, a droga é escondida em fundos falsos de malas e até mesmo em obras de arte como quadros com a figura de vários Papas (Foto: Divulgação/PF) |
“Na maioria dos casos, a droga é escondida em fundos falsos de malas, nas roupas, dentro do organismo, levada em cápsulas (engolidas ou introduzidas), dentro de botijões gás, dentro de sapatos e de perfumes, em garrafas de cachaça, presas ao corpo, dentro de peixes, dentro da Bíblia, misturadas em mercadorias dentro de caminhões e até mesmo em obras de arte como quadros com a figura de vários Papas”, explica o especialista em Segurança Giovanni Santoro.
Essas pessoas recebem dinheiro de traficantes para fazer o transporte da droga. No mês de março, dois casos peculiares, em aeroportos com voos internacionais, chamaram atenção, dos policiais em Viracopos, em São Paulo, e no Galeão, no Rio de Janeiro.
Peixes
Nos dois casos, foi flagrada uma carga de peixes recheada de droga, acondicionadas em caixas de isopor.
As encomendas tinham como origem o aeroporto de Manaus. Naquele Estado, é comum esse tipo de artifício para ocultar drogas, principalmente no transporte pelos rios, devido às fronteiras do Brasil com países produtores, com rios e córregos que ligam os territórios.
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Um passageiro de 48 anos, que embarcaria para a França foi flagrado com 3 quilos de cocaína dentro de garrafas de cachaça (Foto: Divulgação/PF) |
Também houve a prisão de um passageiro de 48 anos que embarcaria em um voo para Orly, na França, que carregava na mala três garrafas de cachaça, com acabamento de palha cobrindo o vidro.
Os policiais suspeitaram durante a triagem e ele foi chamado para checagem. Dentro delas havia cerca de 3 quilos de cocaína diluídos, que ficava isolada colocada no gargalo para despistar as equipes, caso elas fossem abertas para teste.
A maior parte das apreensões ocorre no eixo Rio e São Paulo. Mas há casos em outras cidades, fazendo ou tráfico entre estados ou em escalas rumo aos aeroportos com voos internacionais.
“As polícias sempre irão estar à frente das intenções dos traficantes em virtude de possuírem policiais capacitados e experientes, aparelhos de última geração, cães farejadores e um sistema de inteligência eficaz que consegue realizar a prisão diuturnamente desses criminosos. O tráfico internacional de drogas prevê penas que variam de 5 a 20 anos de reclusão, já o de tráfico interestadual de drogas a pena pode chegar até 15 anos de reclusão”, finalizou Santoro.
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