Júri popular

Caso Beatriz: defesa pede que acusado pela morte da menina não seja levado para júri popular

Marcelo da Silva foi condenado a júri popular em dezembro de 2023

Publicado em: 18/04/2024 15:50 | Atualizado em: 18/04/2024 16:01

O acusado de ter matado a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, está preso preventivamente (Foto: Reprodução)
O acusado de ter matado a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, está preso preventivamente (Foto: Reprodução)
A defesa de Marcelo da Silva, acusado pelo homicídio qualificado da menina Beatriz Angélica Mota, em Petrolina, entrou com um recurso para que ele não seja levado a júri popular. O pedido foi feito após a juíza titular da Vara Privativa do Tribunal do Júri, Elane Brandão Ribeiro, determinar, em 5 de dezembro de 2023, que o acusado passasse pelo júri.

A decisão da juíza também estabelece que o réu continue respondendo na condição de preso preventivo ao processo 0000405-41.2022.8.17.3130.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), “a defesa do réu apresentou recurso contra a decisão de pronúncia no 2º Grau do TJPE, que ainda vai definir qual será o órgão colegiado julgador e o desembargador relator, que avaliará se a decisão de pronúncia - de levar o réu a júri popular – será ou não mantida”.

O relator que irá avaliar se mantém a decisão da juíza é o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do TJPE, mas segundo o Tribunal, ainda não há previsão para o julgamento do recurso. 

O acusado de ter matado a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, está preso preventivamente e responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima).

Relembre o caso

A menina Beatriz Angélica Ferreira Mota, de 7 anos, foi morta com 42 golpes de faca em uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. 

O corpo da menina foi encontrado com diversos ferimentos de faca dentro de um depósito de materiais esportivos ao lado da quadra onde acontecia a formatura. Beatriz desapareceu tempos depois de se afastar da mãe após ter ido até o bebedouro do colégio que ficava na parte inferior da quadra.

Em 2022, o  Ministério Público de Pernambuco denunciou, à Jústiça, Marcelo da Silva pelo assassinato da menina. O homem foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, com qualificadoras de motivo torpe, com emprego meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, causando um aumento de pena de um terço, pois o crime foi praticado contra uma pessoa menor de 14 anos.

O caso da menina ganhou grande notoriedade, mas só foi começar a ser solucionado em janeiro de 2022, seis anos após o crime. O suspeito foi identificado pela Polícia Científica a partir de exames de DNA encontrados na faca utilizada no assassinato da criança

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