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Pernambuco já soma 12.623 casos prováveis de dengue em 2024

O número é 522,7% maior do que o registrado no mesmo período em 2023

Publicado em: 27/03/2024 18:00

Entre a semana 12 e a semana 11 (9 a 16 de março), a quantidade de casos prováveis aumentou 32,8%, e a de confirmados, 13,2% (Foto: Fiocruz Imagens)
Entre a semana 12 e a semana 11 (9 a 16 de março), a quantidade de casos prováveis aumentou 32,8%, e a de confirmados, 13,2% (Foto: Fiocruz Imagens)

Pernambuco já soma 12.623 casos prováveis de dengue desde o início de 2024. O número, divulgado nesta quarta-feira (27) pela Secretaria Estadual de Saúde, é 522,7% maior do que o registrado no mesmo período em 2023. Os confirmados deste ano totalizam 827, sendo 10 considerados graves. Além disso, há 18 óbitos em investigação. 

O novo Informe Epidemiológico mostra o balanço de 16 a 23 de março, o que corresponde a semana epidemiológica 12. 

Entre a semana 12 e a semana 11 (9 a 16 de março), a quantidade de casos prováveis aumentou 32,8%, e a de confirmados, 13,2%. As mulheres com idades entre 20 e 29 anos são as principais infectadas pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. 

Os 16 municípios com alta incidência de casos de dengue são: Araçoiaba, na Região Metropolitana; Chã de Alegria e Itaquitinga, na Mata Norte; Quipapá, na Mata Sul; Guaranhuns, Riacho das Almas e Camocim de São Félix, no Agreste; Terra Nova, Lagoa Grande, Exu, Verdejante, Granito, Ingazeira, Calumbi e Belém do São Francisco, no Sertão, além de Fernando de Noronha.

Chikungunya e Zika

Do início do ano até o dia 23 de março, a Chikungunya apresentava 2.395 casos prováveis, tendo incidência de 26,4 por 100 mil habitantes. Os confirmados somam 163. Já a Zika, que não apresentava circulação há alguns anos no Estado, tem 247 casos prováveis, sem nenhuma confirmação.

Secretaria de Saúde realiza encontro de alinhamento sobre notificação de arboviroses

Diante do crescimento no número de casos de dengue em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde promoveu uma  reunião de alinhamento com diretores de hospitais regionais do Estado e de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nesta quarta-feira (27).

De acordo com a pasta, a ideia é intensificar o acompanhamento dos dados que são fornecidos pela Rede de Urgência e Emergência. Na ocasião, o corpo técnico da SES-PE ressaltou a necessidade de as unidades manterem as notificações dos casos confirmados e suspeitos de dengue, chikungunya e zika atualizados.

Na reunião foram apresentados os números mais recentes do Boletim Epidemiológico de Arboviroses e detalhes de incidência por sexo e idade, além da a distribuição espacial dos casos notificados ao longo dos últimos meses.

A pasta ainda ressaltou as ações tomadas para controlar o cenário e combater a dengue, zika e chikungunya. A SES cumpre o Plano de Enfrentamento desde 2023 e promove capacitações de manejo clínico dos casos com os profissionais das Gerências Regionais de Saúde (Geres) e de mais de 120 municípios.

“Nossa ideia foi orientar e promover a sensibilização de todos os presentes que integram a rede sobre os registros dos dados em sistema e a coleta de sangue do paciente para que também sejam realizadas em tempo oportuno. Tudo isso contribui para a qualidade da informação final e para que a gente também possa tomar as decisões de saúde pública da forma mais estratégica e oportuna”, explicou a secretária-executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Verônica Cisneiros.

Recife receberá vacina da dengue
 (Foto: Ministério da Saúde)
Foto: Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde decidiu enviar doses da vacina contra a dengue para o Recife e mais 153 cidades do País, observando os critérios estabelecidos quando da distribuição dos primeiros lotes: Regiões de Saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas de transmissão nos últimos meses. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27).

Há 668 mil doses próximas do vencimento, previsto para 30 de abril: 523 mil em junho; e 84 mil em julho. “Não podemos deixar essas doses vencerem. Diante disso, o Ministério trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados”, explicou o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), Eder Gatti.

O imunizante é destinado a pessoas de 10 a 14 anos, público que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas. A previsão é que na próxima semana as doses redistribuídas comecem a ser utilizadas, a depender do processo de remanejamento próprio de cada localidade. 

Ao todo, 930 mil doses serão distribuídas para os 521 municípios inicialmente selecionados e para os 154 agora contemplados com a ampliação. Os detalhes serão repassados em uma nota técnica a ser publicada.

O imunizante reduz casos e, especialmente, a hospitalização pela doença. Até esta quarta-feira (27), o Brasil registrava 2,3 milhões de casos prováveis de dengue e 831 mortes.
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