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CRIME AMBIENTAL

CPRH e Polícia do Meio Ambiente realizam fiscalizações em unidades de conservação

Os animais silvestres encontrados em cativeiro ilegal foram recuperados pela equipe de campo

Publicado em: 27/03/2024 16:26

Entre as espécies apreendidas estão, tatu, jabuti, jandaias, patativas, papa-capins e cravinas (Foto: Divulgação)
Entre as espécies apreendidas estão, tatu, jabuti, jandaias, patativas, papa-capins e cravinas (Foto: Divulgação)
Em operação conjunta, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), realizaram a Operação Nascentes, com fiscalizações na Área de Proteção Ambiental (APA) Serras e Brejos do Capibaribe, em Brejo da Madre de Deus, e no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Cabeceiras do Capibaribe, no município de Jataúba, no Agreste.

Do total de 137 aves apreendidas durante a Operação, 87 foram capturadas durante um torneio de "passarinhada", flagrado durante a Operação. 

"O torneio é uma disputa onde o participante que apanhar o maior número de aves é considerado o vencedor. Várias aves estavam em condições inadequadas de confinamento. Encontramos casos com  até 20 aves em gaiolas com dimensões inapropriadas para a criação de um único indivíduo. Três aves não resistiram ao estresse provocado pelo confinamento e morreram", explicou o analista ambiental da CPRH, Cosme de Castro.

Os animais silvestres encontrados em cativeiro ilegal foram recuperados pela equipe de campo: os que estavam em condições de viver livremente, foram soltos na região. 

Outros foram transportados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) Tangara, no Recife. 

Entre as espécies apreendidas estão, tatu, jabuti, jandaias, patativas, papa-capins e cravinas. 

Os agentes  também apreenderam quatro espingardas e 24 armadilhas destinadas à caça e à captura de animais silvestres.

Os fiscais também destruíram um forno de madeira, para produção de carvão. 

Considerando todas as infrações ambientais encontradas durante a Operação, os responsáveis foram multados em R$ 49 mil. 

Já os proprietários das armas foram identificados como caçadores da região e a Depoma deu início aos procedimentos criminais.

No total, segundo Cosme Castro, foram vistoriados 115 hectares em áreas de conservação. 

As equipes, com base nas imagens de satélites de diferentes períodos e de consulta a sistemas oficiais de alertas de desmatamento, percorreram vários quilômetros de estradas e trilhas, a pé, como também realizaram sobrevoos com aeronave não tripulada, para melhor acessar as áreas.

"Desse total, foram constatados que 108 hectares que já haviam sido desmatados e as atividades embargadas em outras fiscalizações, encontram-se em processo de regeneração. Em seis hectares foram constatados desmatamento irregular e as áreas serão objeto de embargos com processo administrativo em andamento", explicou Cosme de Castro.

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