Violência
Cinco PMs denunciados por sequência de mortes em Camaragibe ficam presos e sete respondem em liberdade
Tribunal de Justiça de Pernambuico explicou, nesta sexta (8), a situação de cada um dos policiais
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 08/03/2024 12:20 | Atualizado em: 08/03/2024 12:45
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| Crimes acontreceram em 2023 (Foto: Arquivo/DP ) |
Um dia depois de tornar réus os policiais militares envolvidos na sequência de mortes em Camaragibe, no Grande Recife, o Tribunal de Justiça de Pernambuo (TJPE) informoiu o que vai acontecer com cada um deles.
Nesta sexta (8), o tribunal disse que cinco PMs ficarão presos preventivamente e outros sete responderão em liberdade.
Vão continuar presos os seguintes denunciados
Paulo Henrique Ferreira Dias, Dorival Alves Cabral Filho, Leilane Barbosa Albuquerque, Emanuel de Souza Rocha Júnior e Fábio Júnior de Oliveira Borba.
Respondeão em liberdade provisória mediante o cumprimento de cautelares os seguintes acusados:
Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco, João Thiago Aureliano Pedrosa Soares, Janecleia Izabel Barbosa da Silva, Fábio Roberto Rufino da Silva, Diego Galdino Gomes, Eduardo de Araújo Silva e Cesar Augusto da Silva Roseno.
Os sete que ficarão em liberdade deverão cumprir as seguintes medidas cautelares:
Ficam proibidos de contato dos acusados com as testemunhas do processo, de qualquer forma presencialmente ou por qualquer meio eletrônico ou rede social;
São das funções exercidas pelos citados denunciados do exercício de quaisquer funções na 2ª seção do Estado Maior da Polícia Militar ou em qualquer outro núcleo da inteligência da corporação, vedada a lotação no 20º BPM/PE.
Segundo o TJPE, não houve denúncia contra os policiais militares Laerte Rafael Amorim Gomes e Rodrigo Monteiro, razão pela qual eles podem voltar a exercer suas funções normalmente na PM.
Entenda o caso
Na uinta (7), a Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) recebeu a denúncia oferecida pela 1ª Promotoria Criminal de Camaragibe do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra os policiais militares que são acusados dos homicídios de pessoas de uma mesma família.
O crime ocorreu na madrugada do dia 15 de setembro de 2023, na cidade.
A Vara expediu intimações para todos eles, para que ofereçam defesa por escrito, em resposta à acusação presente na denúncia do MPPE.
Assim que a Vara receber as respostas dos acusados, haverá o agendamento da primeira audiência de instrução do processo.
Como foi o crime
A denúncia do MPPE considera que durante uma abordagem realizada no dia 15 de setembro por policiais militares no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, ocorreu um confronto entre os policiais e Alex da Silva, conhecido como Alex Samurai. Na troca de tiros, morreram os PMs Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e Rodolfo José da Silva, de 38.
Neste mesmo dia, Ana Letícia Carias da Silva, de 19 anos, foi baleada após ser feita de escudo durante a ação dos policiais militares. Ela morreu no Imip dias depois. O primo dela, de 14 anos, foi baleado e sobreviveu.
Depois disso, outros policiais começaram a caçar Alex e os parentes dele com o intuito de matá-los como forma de vingança.
"Diversos policiais se deslocaram até Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de oficiais da Polícia Militar, onde iniciaram uma caçada a Alex e a parentes deste, com claro intuito homicida, em vingança pela morte dos colegas", informa o texto do Ministério Público.
A denúncia ainda afirma que os oficiais da Polícia Militar Marcos Túlio e Fábio Rufino acompanharam as ações dos outros PMs contra os familiares de Alex através de mensagens e telefonemas.
Além de matar os irmãos de Alex, os agentes da polícia retiraram a mãe e a esposa dele de casa e as mataram. Os corpos de Maria José Pereira da Silva e Maria Nathália Campelo do Nascimento foram encontrados dentro de um canavial em Paudalho, na Zona da Mata.
Alex foi morto em Tabatinga por volta das 11h do dia 15 de setembro após ter reagido a uma abordagem, segundo a Polícia Militar.
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