Combate ao crime

Caso de racismo, calúnia e constrangimento ilegal contra cliente de loja negra é investigado no Recife

Segundo Polícia Civil, denúncia aponta que seguranças mandaram mulher de 26 anos abrir bolsa por "suspeita de furto"

Publicado em: 05/03/2024 15:44

Delegacia de Boa Viagem investiga racismo (Foto: Arquivo)
Delegacia de Boa Viagem investiga racismo (Foto: Arquivo)
A Polícia Civil investiga um caso de calúnia, constrangimento ilegal e racismo contra uma cliente de uma loja de uma grande rede de varejo, no Recife.
 
A denúncia foi feita na sexta (1º) pela  atendente de restaurante Ivone Marques, de 26 anos, que é negra. 
 
Ela disse aos policiais que foi abordada por seguranças das Lojas Americas, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, ao fazer compras.
 
Ainda de acordo com ela, os vigilantes mandaram ela abrir a a bolsa para fazer uma revista, por estarem "desconfiados".  
 
Por meio de nota, a polícia Civil disse que foi alegado que os seguranças teriam a acusado de furto. 
 
Além disso, o crime teria sido "flagrado" pelas cãmeras de segurança do estabelecimento comercial. 
 
Em vídeo divulgado em rede social, Ivone registrou o momento em que é induzida a abrir sua bolsa e mostrar seus pertences.
 
Ela tira objetos da bolsa para provar que não tinha tirado nada da loja. 
 
Ainda segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado pela Delegacia de Boa Viagem. 
 
Em vídeo divulgado em rede social, Ivone registrou o momento em que é induzida a abrir sua bolsa e mostrar seus pertences.

"Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou a ocorrência de calúnia, constrangimento ilegal e racismo. A vítima, uma mulher de 26 anos, relata que estava fazendo compras em um estabelecimento comercial situado no bairro de Boa Viagem quando dois seguranças a obrigaram a abrir a bolsa alegando que as câmeras de segurança a haviam flagrado furtando no local. As investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do caso", afirmou a nota. 

Em nota, as Lojas Americanas informaram que lamenta o ocorrido e informa que está tomando as devidas providências”.
 
Afirmou também que “repudia qualquer abordagem que não esteja de acordo com seu Código de Ética e Conduta” e que “realiza constantemente treinamentos com foco na capacitação de seus associados e prestadores de serviço”

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