Tragédia de Camaragibe

Jovem baleada na tragédia de Camaragibe dá à luz bebê prematuro

Mulher de 19 anos foi baleada no olho e está internada em estado grave no Hospital da Restauração, no Recife

Publicado em: 02/10/2023 15:26 | Atualizado em: 02/10/2023 20:04

O bebê nasceu no oitavo mês de gestação e passa bem (Foto: Reprodução/Facebook)
O bebê nasceu no oitavo mês de gestação e passa bem (Foto: Reprodução/Facebook)

A jovem grávida que foi baleada no crime conhecido como tragédia de Camaragibe, no Grande Recife, no dia 14 de setembro, deu à luz um bebê, na madrugada desta segunda-feira (2). Prematura, a criança passa bem, embora tenha nascido no oitavo mês de gestação, segundo a advogada de Ana Letícia, de 19 anos. 
 
Na tragédia, que começou com uma perseguição a um homem suspeito de atirar na comunidade, oito pessoas foram mortas. Entre elas, estão dois policiais militares. Além de Ana Letícia, um rapaz ficou ferido e também segue internado.  
 
Ana Letícia está internada no Hospital da Restauração (HR), no Recife, em estado grave. Além disso, foi infectada por uma bactéria resistente, de acordo com  a advogada da família de Ana Letícia, Aline Maciel.
 
Os familiares das vítimas baleadas em Camaragibe seguem sem aderir aos programas de proteção oferecidos pelo Governo do Estado. 
 
De acordo com Aline Maciel, o programa oferecido pelo governo exige que a família se prive do contato com outros familiares, amigos e advogados, além de restringir o uso da Internet.
 
Outro requisito do programa de proteção é a mudança de endereço, norma que a família de Ana Letícia discorda. “A família quer a proteção do Estado, dentro da sua casa. A família acredita na instituição da Polícia Militar e não pode ser penalizada a viver escondida, sem internet, sem telefone”, explica a advogada.

Entenda o caso

Dois policiais militares que atuaram na ocorrência em Camaragibe nos dias 14 e 15 de setembro prestaram depoimento no Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, na última terça-feira (26).
 
A Polícia Civil informou que os policiais foram acionados para prestar assistência ao cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos, e ao soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, que morreram após serem baleados.
 
O principal suspeito de matar os policiais é Alex da Silva Barbosa, de 33 anos, que foi morto, no mesmo dia, durante uma troca de tiros com a polícia. 
 
Três irmãos do suspeito foram mortos por dois homens encapuzados no dia 15 de setembro. No mesmo dia, a esposa e a mãe de Alex foram encontradas mortas em um canavial, em Paudalho, na Zona da Mata Norte.
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