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Cinco jacarés-de-papo-amarelo são devolvidos ao habitat natural

Publicado em: 01/11/2022 15:18 | Atualizado em: 01/11/2022 17:08

Jacarés foram marcados com microchip antes de serem soltos no Açude de Apipucos (AI UFRPE)
Jacarés foram marcados com microchip antes de serem soltos no Açude de Apipucos (AI UFRPE)
Profissionais do Parque Estadual Dois Irmãos (Pedi) e estudantes e pesquisadores do Laboratório Interdisciplinar de Anfíbios e Répteis (Liar) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizaram a soltura de cinco jacarés-de-papo-amarelo no Açude de Dois Irmãos. Os animais foram resgatados no início de 2020, ainda filhotes, com diversas mutilações pelo corpo e desnutridos, e, desde então ficaram sob cuidados intensivos dos técnicos e estudantes do Pedi e da UFRPE.

Segundo a equipe envolvida no trabalho que resultou na soltura dos animais, ocorreu um trabalho de parceria e cooperação entre as duas instituições pelos quais os jacarés-de-papo-amarelo passaram a viver no zoológico, recebendo os acompanhamentos necessários para a reintrodução na natureza. Durante o período em que estiveram sob os cuidados dos técnicos do zoológico os animais tiveram acompanhamento nutricional e comportamental, além do monitoramento da saúde geral.

Professora do Departamento de Biologia da UFRPE, Jozélia Correia coordenou a equipe que cuidou dos jacarés nos últimos dois anos, até que eles chegassem à recuperação plena e estivessem aptos para a soltura em habitat natural. “Nesse período de dois anos, eles foram tratados, ganharam peso, ficaram em condições adequadas do ponto de vista físico e nutricional e chegamos ao momento desse retorno ao ambiente natural”, contou.

Os cinco jacarés-de-papo-amarelo foram acompanhados desde que seus ninhos foram encontrados no perímetro do Pedi. Antes de serem soltos receberam marcações com microchip subcutâneo. Segundo a professora Jozélia Correia, a marcação possibilita garantir informações sobre o crescimento, o bem-estar, a qualidade e o equilíbrio da área do parque. “É um mecanismo para dar continuidade às pesquisas e aos estudos sobre o réptil. Aqui é um dos locais de pesquisa de acompanhamento dessas populações na natureza a longo prazo. A gente acompanha o crescimento desses animais através de informações das medidas corporais, vemos se são machos ou fêmeas, e podemos identificá-los e analisá-los”, explicou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da UFRPE.

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