PRISÃO
Operação Lottus: Realiza prisão em Porto de Galinha por tráfico internacional de drogas
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 17/08/2022 09:04 | Atualizado em: 17/08/2022 11:08
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| O alvo foi à organização criminosa que despachava drogas trazidas do Paraguai, por meio do Lago de Itaipu, para vários estados do Brasil. (Foto: Tarciso Augusto / Esp. DP FOTO.) |
Em Pernambuco, a Polícia Federal deflagrou através da Operação Lottus realizada nesta quarta-feira (17), o alvo foi à organização criminosa que despachava drogas trazidas do Paraguai, por meio do Lago de Itaipu, para vários estados do Brasil. Foram cumpridos Mandado de Busca e Apreensão e Mandado de Prisão Preventiva a um dos membros da organização criminosa que estava de férias num resort de Porto de Galinhas, litoral pernambucano.
A Polícia Federal deflagrou, apreendendo um aparelho celular e um computador. Todo o material será enviado para a Coordenação da Operação em Cascavel/PR onde será submetido a uma perícia técnica. O preso será enviado para Curitiba/PR, será interrogado e passará por audiência de custódia e caso seja confirmada sua prisão preventiva será encaminhado para o sistema prisional ficando à disposição da Justiça Federal.
O grupo agia utilizando empresas fictícias em nome de presos para emitir notas falsas e despachar as drogas. Tendo o alcance dos estados do Ceará, Espirito Santo, São Paulo e o maior foco no Rio Grande do Sul, através da transportadora de Cascavel/PR, concentrando as remessas para cidade de Lajeado/RS. A suspeita é que os criminosos se valiam de um advogado com conhecimento em contabilidade para abertura de empresas fictícias em nome de outros traficantes. A partir disso, eram emitidas notas fiscais de venda de produtos naturais para dissimular a remessa de drogas por meio de transportadoras de Cascavel.
Os criminosos mantinham o esquema há pelo menos dois anos. A atividade envolvia além das empresas a criação de logomarcas, uniformes e plotagem, adesivagem de veículos e embalagens para simular a efetiva remessa dos produtos naturais sem chamar atenção das transportadoras. O líder do esquema, tinha o advogado como seu braço direito nas atividades intelectuais e financeiras, usava cerca de quatro empresas de fachada para lavar dinheiro. Foram identificadas empresas de lavagem de veículos, loja de roupas, além de autocenter e loja de móveis.
A operação foi realizada por cerca de 70 policiais federais cumprem 14 mandados judiciais nas cidades de Cascavel e Toledo, no oeste do Paraná, e em um resort de luxo na praia de Porto de Galinhas, onde estava hospedado de férias um dos membros da organização criminosa.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal de Cascavel determinou a prisão preventiva dos sete principais integrantes do grupo e o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.Além de preferencialmente aliciar mulheres com filhos menores, visando garantir que a soltura em caso de prisão fosse mais rápida.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva dos sete principais membros do grupo e o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Cascavel/PR.
A investigação foi batizada de Operação Lottus em alusão ao símbolo de uma flor de lótus que era utilizado pelos criminosos como uma espécie de “marca registrada” nos logotipos e uniformes das empresas de fachada criadas pelo grupo, inclusive sendo uma das características que chamou atenção dos investigadores para a semelhança de logotipos em diferentes apreensões de drogas nas transportadoras. Os envolvidos devem responder pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão.
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