Diario de Pernambuco
Busca

MANIFESTAÇÃO

Meninas de todo Brasil lançam manifesto com prioridades para educação,

Publicado em: 16/08/2022 15:15 | Atualizado em: 16/08/2022 15:46

O Malala vai acompanhar todos os candidatos que assinaram a carta, até o primeiro 100 dias de governo após serem eleitos, como forma de garantir que haja plano de governo e que eles sejam cumpridos. (Foto: Weverton Mello)
O Malala vai acompanhar todos os candidatos que assinaram a carta, até o primeiro 100 dias de governo após serem eleitos, como forma de garantir que haja plano de governo e que eles sejam cumpridos. (Foto: Weverton Mello)
Nesta terça (16) a Defensoria Pública da União foi palco do Manifesto #MeninasDecidem, representação da luta por direitos a acesso a educação pública de qualidade, políticas públicas de igualdade social, antirracista, antissexista e porta-voz de meninas negras, periféricas, indígenas, quilombolas, travestis, trans, trabalhadoras do campo e com deficiência, para delinear as prioridades das meninas para a educação. Sendo lançado pela Rede de Ativistas pela Educação do Fundo Malala no Brasil 

O manifesto foi marcado por uma carta compromisso que foi lançada em São de Paulo no dia 28 de junho, trazendo 40 pontos de compromissos para candidatos pelo direito a educação. O Malala vai acompanhar todos os candidatos que assinaram a carta, até o primeiro 100 dias de governo após serem eleitos, como forma de garantir que haja plano de governo e que eles sejam cumpridos. O projeto Meninas Decidem traz como foco na educação sendo as meninas a prioridade elas tenham uma educação plural, que não haja exclusão, abrangendo todas as meninas para as mais vulneráveis. A organização no Brasil é formada por 11 ativistas e suas organizações que estão na lutam pelo direito de educação para meninas.

 Maíra Martins, representante da Fundação Malala no Brasil, explica como o projeto tem importância para o país. “O intuito do Malala é fortalecer e desenvolver iniciativas inovadoras para avançar na garantia das meninas no direito a educação. Nossa forma de atuação é de fortalecer as instituições locais, investe no trabalho coletivo, construções de redes, ao mesmo tempo o fundo Malala também atua na dimensão global, maior porta voz em escala global como no G7 e Assembléia Geral das Nações Unidas. Temos trabalho da visibilidade e amplificar a voz das meninas por meio dos nossos canais de comunicação e do trabalho de organizações, com parceiros. Com isso a situação de implementação do projeto se tornou fundamental no país, para fortalecer e desenvolver iniciativas inovadoras para avançar no direito a educação".    

A primeira etapa foi à criação da carta de compromisso para promover um compromisso com lideres políticos, segunda etapa será dar voz as meninas, para que elas possam dizer a candidatos e governantes e sociedade o que elas precisam o que elas querem e quais as demandas. Porque a educação delas e um direito delas como educação de qualidade uma educação que aceite sua diversidades, para que depois de eleitos programe essas idéias. O compromisso será monitorado, para cobrar quais as prioridades e diretrizes que a sociedade e as meninas estão solicitando.

Andréia Martins, Fundadora do projeto no Conjunto da Favelas da Maré no Rio de Janeiro. “O Fundo Malala apóia no Brasil 11 instituição, são instituições muito diferentes que acabam se complementado, como na formação de meninas pesquisas, entre outros. Com isso, acaba fortalecendo as redes, fortalecendo cada trabalho, acaba criando uma atuação que dá conta de discutir sobre educação em diferentes ângulos. É fundamental que tenhamos fundos específicos para isso, que possa nos apoiar nesse sentido de criar uma mobilização em prol da educação de meninas, que é fundamental, tem muita diversidade neste trabalho. Cada instituição acaba se fortalecendo no coletivo, exatamente o que estamos tentando fazer aqui  hoje, lançar uma rede forte e diversa com o objetivo comum cada um atuando de sua forma e complementando”

O ato tem como comprometimento de retomar o ensino de garotas que abandonaram os estudos, assim como mantê-las estudando com qualidade de ensino. O projeto visa supervisionar as medidas e garantir que esta cumprindo a funcionalidade e objetivo, promovendo uma ação para manter uma qualidade contínua. Assim como, conscientizar e promover reconhecimento como é o caso da estudante Eduarda Moreira, 17 anos, estudante do EREM Barão de Exú “Conheci em um seminário, acho que o Malala acordou uma parte adormecida, no sentido que não sabia que tinha essa voz dentro de mim, essa potência toda dentro de mim. Me deu uma sensação de que posso chegar nos lugares, erguer sua voz e levantar uma bandeira que eu sou importante, nos somos importante, e que pessoas são importante no quesito de que precisamos de dignidade, educação e qualidade de vida. Fui conhecendo aos poucos a conscientização de raça,gênero fui conhecendo aos poucos, foi ai que me identifiquei como jovem negra, pobre, a margem da sociedade. No meio das palestras e movimentos foi que reconheci minha voz, soube me defender e o Malala foi importante nisto”.

A Rede Malala está no Brasil desde 2018 e possui redes sociais que ajudam no comprometimento, formada por 11 ativistas e suas organizações e implementa ações em âmbito nacional por financiamento adequado à educação, além de projetos locais em diversos estados que contribuem para garantir o direito à educação de meninas, com foco em meninas negras, indígenas e quilombolas. Dialogando sobre políticas públicas e prioridades sociais. Há divulgação de artigos em seu instagram @on.assembly que conta com a disponibilidade publicação destes artigos. Houve a transmissão ao vivo do Manifesto no youtube.com/malafund .

COMENTÁRIOS

Os comentários a seguir não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL