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Comunidade em Jardim Maranguape recebeu Ação de Saúde e Cidadania nos Terreiro em comemorativa ao Dia da Mulher Negra

Publicado em: 01/08/2022 07:53

A iniciativa tem o objetivo de levar saúde e cidadania através de serviços importantes, por meio de uma parceria envolvendo a Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Secretaria de Saúde, e Secretaria Executiva da Mulher, todas da gestão municipal. (Foto: Divulgação)
A iniciativa tem o objetivo de levar saúde e cidadania através de serviços importantes, por meio de uma parceria envolvendo a Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Secretaria de Saúde, e Secretaria Executiva da Mulher, todas da gestão municipal. (Foto: Divulgação)
A prefeitura de Paulista realizou uma comemorativa ao Dia da Mulher Negra, comemorado mundialmente no dia 25 de julho. A nova edição do Programa Ação de Saúde e Cidadania nos Terreiros foi realizado, nesta sexta-feira (29), no Centro Espiritualista A Caminho de Aruanda, no Loteamento Nossa Senhora de Fátima, bairro de Jardim Maranguape, em Paulista.
 
A iniciativa tem o objetivo de levar saúde e cidadania através de serviços importantes, por meio de uma parceria envolvendo a Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Secretaria de Saúde, e Secretaria Executiva da Mulher, todas da gestão municipal.
“Uma atividade muito importante, que tem esse papel de aproximar os serviços a esta comunidade, representada pelos povos que participam dos terreiros. Oferecemos serviços de mamografia, citologia, atendimento médico, aferição de pressão, vacina contra a Covid e influenza, testagem de DST/AIDS, além de orientação sobre nutrição e saúde”, explicou a coordenadora da Saúde da População Negra, Rúbia Simões.
 
A dirigente do Centro Espiritualista Caminho de Aruanda, Luciana Frai, que também trabalha com a Tenda de Jurema do Rei Malunguinho, elogiou o programa, e disse, ainda, que é uma oportunidade de trazer a população para, além de receber os serviços, conhecer o espaço, que é aberto a toda a comunidade. “A gente vê a importância de o povo de terreiro receber essa iniciativa, que não impede em nada que as pessoas da comunidade como um todo também participem, pois todos são bem-vindos na nossa casa, e que também outras casas sejam beneficiadas por esses serviços que são essenciais para todos “ , disse Luciana.
 
Para a secretária Executiva da Mulher, Bianca Pinho Alves, o evento em alusão ao Dia da Mulher Negra é uma forma também de trazer representatividade, visibilidade para esse público que ainda sofre com diversas outras questões. “Infelizmente, esse público ainda sofre muito com a questão da violência, da desigualdade social e da discriminação racial, que já não deveria mais permear a nossa sociedade. Então, a gente só tem aqui que chamar o público, pedir a participação, e solicitar que realmente esse Saúde e Cidadania nos Terreiros chegue em todos aqui na cidade, trazendo políticas públicas, de fato estruturadoras, para mais uma parcela da população”, ressaltou Bianca.
 
A médica Tarciane Costa, que também esteve na ação, enfatizou que é preciso que haja o acesso aos serviços de saúde por parte da população como um todo. "Essa iniciativa é uma forma de aproximar ainda mais o público de algo que é uma obrigação do poder público, como é a saúde. Existe um grande preconceito com as religiões de matriz africana, e acabam se tornando uma população marginalizada, inclusive de cuidados de saúde. Esse tipo de ação serve para fortalecer, pois saúde é um direito de todos independentes de credos religiosos, de cor. Assim como temos ações em igrejas, também é importante pela especificidade do público, que às vezes por preconceito, não procura o serviço de saúde”, comentou. 
 
De acordo com a diretora de Igualdade Racial da Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos do Paulista, Nathália Valeska Bringel, o Programa Ação de Saúde e Cidadania nos Terreiros, além de levar os serviços destas três secretarias municipais, busca também dialogar acerca do enfrentamento ao racismo religioso. “Com esse trabalho a gente procura  desmistificar algumas imagens negativas que muitas vezes essa comunidade tem do espaço do terreiro. Então, dialogamos direito, dialogamos saúde e cidadania para esse espaço, fortalecendo as comunidades de matriz africana”, finalizou.

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