Prefeitura de Caruaru doa terreno para Polícia Militar construir colégio na cidade
Publicado: 17/06/2022 às 17:22

Reunião aconteceu na sala de monitoramento da prefeitura e se encerrou no início da tarde/Rafael Vieira/DP Foto
O prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), sancionou nesta sexta-feira (17) a lei de número 6.886, que autoriza a doação de um terreno da cidade para a Polícia Militar construir mais uma unidade do seu tradicional colégio. Ainda não há uma previsão de quando ocorrerá a inauguração. O novo espaço funcionará como um segundo anexo, já que a sede principal fica no Recife, no bairro da Boa Vista, e o primeiro anexo, fundado em 2011, na cidade de Petrolina.
O terreno doado pela prefeitura fica na Avenida das Nações, no bairro de Nova Caruaru, numa distância de 150 metros da BR 104. Ele tem 38 mil e 340 metros quadrados, o que dá aproximadamente a medida de quatro hectares.
A assinatura da sanção da lei aconteceu ao fim da solenidade, no prédio da prefeitura, e estará disponível no Diário Oficial ainda nesta sexta.
Ao lado do prefeito, estiveram na reunião o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) e deputado estadual (PSB), Eriberto Medeiros; o secretário da Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente (URB), Francisco Batista; o presidente da Câmara Municipal de Caruaru, Bruno Lambreta; o coronel da Secretaria de Ordem Pública (SECOP), Patrício Filho; o presidente do Comando Geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Armando Costa e a tenente e diretoria do colégio da Polícia Militar, Cristiane Moura. Além disso, também participaram do momento vereadores e secretários.
Minutos depois de assinar a sanção, o prefeito Rodrigo Pinheiro ressaltou que a construção da unidade de ensino na cidade já era aguardada, e relembrou os trâmites do processo.
"A necessidade da instalação de um Colégio Militar aqui em Caruaru já vem de algum tempo. Inicialmente, entendeu-se que nossa cidade, por ser estrategicamente localizada, seria importante essa implantação. A prefeitura foi procurada e conseguimos entregar um terreno adequado, bem localizado e numa área nobre. Com isso, enviamos ao cartório para a documentação ser regularizada e encaminhamos à Câmara, em regime de urgência, que votou em unanimidade", afirmou o político.
O presidente da ALEPE, Eriberto Medeiros, reforçou a expectativa que existia em torno da chegada do colégio, e garantiu que a causa foi "abraçada" pelas autoridades, inclusive pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
"Existia um anseio de toda a sociedade, principalmente da Polícia Militar, para ofertar isso. Na nossa visita institucional à Polícia Militar, tomei conhecimento de que já era uma luta de várias pessoas que buscavam esse colégio, e fomos mais um a incorporar essa luta e conversar com o governador, que de imediato se sensibilizou, autorizou o avanço das conversas que tivemos com os representantes da Polícia Militar, com o secretário de Educação de Pernambuco, Marcelo Barros, com o prefeito Rodrigo Pinheiro, e também com o presidente da Câmara Municipal de Caruaru, Bruno Lambreta. Ali surgiu a definição desse avanço até se concretizar nesse momento", disse Eriberto.
Ele ainda destacou o papel de prestação de serviço ao qual policiais e bombeiros são submetidos diariamente, classificando a possibilidade de incluir o colégio nessa rotina como uma forma de "tranquilizar" os agentes que também têm responsabilidades com seus filhos e filhas.
"Os policiais e bombeiros, profissionais da segurança pública, na hora que saem das suas casas, arriscam suas vidas para cuidar da população quando vestem a farda, que eles têm como segunda pele. Eles deixam suas famílias em casa e vão às ruas cuidar da vida e do patrimônio da sociedade pernambucana, e agora terão a oportunidade de deixar seus filhos num local de ensino de qualidade e a segurança necessária para terem tranquilidade de estarem nas ruas", projetou.
A tenente e atual diretora do Colégio da Polícia Militar, Cristiane Moura, faz parte do grupo de ex-alunos da instituição. Ela iniciou seu processo de formação por lá aos sete anos de idade. E agora, vivendo "o outro lado" da história, se sente privilegiada.
"É um privilégio muito grande. Enquanto aluna, eu nunca imaginei chegar a ser comandante e diretoria do colégio, então digo que foi um presente de Deus. Quando chego no colégio e fico vendo toda a estrutura e os alunos, lembro da minha história, dos professores que tive e da minha formação", rememorou.
A tenente concluiu o Ensino Médio na academia do Recife, mas a sua chegada foi o marco mais importante enquanto esteve lá, uma vez que integrou o grupo das estudantes que fizeram parte da primeira turma feminina do colégio. "Na época, quando eu tinha sete anos e fiz o concurso, não tinha ideia do contexto. Só tinham meninos, e hoje vejo o quanto foi primordial na minha vida e das minhas amigas, que hoje são advogadas, dentistas, oficiais... todas seguiram seus sonhos", disse Cristiane, bastante emocionada.
Estudantes
Majoritariamente, o quadro de estudantes do Colégio da Polícia Militar é composto por filhos e filhas de policiais e bombeiros militares. No entanto, o atual regimento da instituição diz que 15% das vagas devem ser destinadas à sociedade civil, mediante processo de seleção.
Lei Nº 6.886, de 17 de junho de 2022
"Desafeta bem imóvel do patrimônio público municipal e autoriza sua doação ao Estado de Pernambuco".

