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INTERDIÇÃO

Condomínio do Edifício Dallas é interditado em Candeias

Moradores foram orientados a desocupar o imóvel. Caso não é o primeiro em Jaboatão.

Publicado em: 04/06/2022 13:39

 (Foto: reprodução )
Foto: reprodução
Moradores do Edifício Dallas, na Avenida Ulisses Montarroyos, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, tiveram que deixar seus apartamentos, em função de rachaduras que apareceram no prédio. A interdição ocorreu na noite desta sexta-feira (03). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da prefeitura.

O vídeo que exibe algumas rachaduras na parte interna do imóvel foi postado em uma conta de Instagram que traz informações sobre Jaboatão. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), que funciona de segunda a sexta e tem um canal de denúncia, no entanto, não estava ciente da informação, de acordo com Flávia Assunção, gerente de Fiscalização.

O órgão deve enviar na próxima segunda-feira um fiscal para apurar a situação. “O fiscal vai para o local, colhe as informações do que está acontecendo, vê a parte técnica e, se for necessário, a construtora será acionada ou o próprio município”, esclarece.

HISTÓRICO
Em Jaboatão o caso não é isolado. O Edifício Tsar, na Avenida Beira Mar de Piedade, até outubro de 2021 ainda preocupava os vizinhos. Desde 2013 um laudo da Defesa Civil do Município já classificava como “máximo” o grau de risco do imóvel. 

Apesar disso, conforme apuração do portal, G1, ainda em outubro do ano passado, Arthur Paiva, então superintendente de Proteção e Defesa Civil do município, afirmou que o imóvel estava em um processo acelerado de colapso, não necessariamente iria desabar. No mesmo quarteirão do Tsar, estava localizado o Edifício Areia Branca, prédio de 12 andares que desabou em 2004 e provocou quatro mortes. 

Em 2014, um outro imóvel também foi interditado em Piedade, dessa vez na Avenida Ayrton Senna. O Edifício Monza apresentava rachaduras e indícios de que iria afundar, segundo laudo da Defesa Civil. No município, em 1977, o Edifício Giselle desmoronou.

Na Região Metropolitana do Recife, de 1977 a 2014, mais de 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas por causa do desabamento de 12 prédios.

Em 2012, o deputado federal pernambucano Augusto Coutinho (SD), que é engenheiro civil, foi autor de um requerimento para discutir, em audiência pública, os desabamentos em Pernambuco e em outros estados do Brasil.
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