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SES-PE investiga se idosa que morreu no HR tinha superfungo no organismo
Publicado: 13/01/2022 às 11:05

/Foto: Arquivo DP
Além da suspeita, a Secretaria confirmou um caso de Candida auris em um paciente que ficou internado no Hospital da Restauração (HR) e recebeu alta no final do último mês de dezembro. Um exame de urina do homem de 38 anos levantou a suspeita do micro-organismo. O Lacen confirmou a presença do fungo na segunda-feira (10).
Outro caso em investigação refere-se a um homem de 46 anos, também admitido pela emergência de trauma do HR, no dia 13 de dezembro. Ele está na UTI e sem nenhum sintoma relacionado à infecção pelo fungo. A SES informou que o exame laboratorial sugestivo da unidade hospitalar saiu na terça-feira (11) e a amostra também será encaminhada para o Lacen da Bahia.
O fungo, de ocorrência hospitalar, pode causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda não se sabe o mecanismo de transmissão, acreditando-se que é por meio de contato com superfícies ou equipamentos contaminados. O órgão emitiu, em 2017, um comunicado orientando sobre a vigilância laboratorial de Candida auris no Brasil, que teve seu primeiro caso confirmado em dezembro de 2020, na Bahia. O tratamento vai depender da avaliação médica e do grau de infecção.
A Coordenação Estadual de Prevenção e Controle de Infecção de Pernambuco (CECIH-PE) informou que está apoiando a unidade hospitalar, desde a identificação do primeiro caso suspeito, nas atividades para evitar novas contaminações pelo micro-organismo, tendo realizado visita técnica e, atualmente, permanecendo no monitoramento das atividades. As ações consistem em higienização (limpeza e desinfecção) dos ambientes, higienização das mãos, monitoramento sistemático de contactantes, a partir de cultura de vigilância, e isolamento dos casos suspeitos.
A SES-PE reforçou que as ações de monitoramento estão sendo realizadas pelo serviço de saúde juntamente com a Apevisa, Lacen PE e BA, Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (LEMI - Unifesp), Anvisa e os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs nacional, Pernambuco e Recife).
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