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Recife destaca-se no Nordeste com domínio moderado de inglês, aponta pesquisa global

Publicado: 31/01/2022 às 12:07

/Julio Jacobina/DP/D.A Press

/Julio Jacobina/DP/D.A Press

O Recife foi classificado com o nível de inglês moderado, de acordo com o ranking do Índice de Proficiência de Inglês (EPI), da instituição EF Education First. A cidade destaca-se no Nordeste, que está entre as regiões brasileiras com um dos piores níveis de domínio do idioma. A cidade recebeu 518 pontos na avaliação. De acordo com a pesquisa, foram avaliados o Ceará (490), Paraíba (483), Rio Grande do Norte (475), Sergipe (475), Alagoas (467), Piauí (464), Bahia (462) e Maranhão (461). A participação foi de mais de 2 milhões de pessoas de 112 países em que o inglês não é a língua nativa. A média alcançada pelos estados foi de 477 pontos na avaliação, que vai até 800, e recebeu classificação geral de domínio da língua como “baixo”.

“O levantamento mostra que o Nordeste está antenado em relação à importância de saber inglês para a vida pessoal e também profissional. Mas, apesar de um bom posicionamento, ainda há um longo caminho a percorrer”, avalia o Country Manager da EF English Live do Brasil, Wagner Domingues. O EPI  realiza um teste gratuito no site efset.org que classifica os participantes de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR, sigla em inglês).

Em relação ao ranking global, o Brasil conquistou sete pontos a mais do que em 2020, saindo de 490 para 497, considerado nível  “muito baixo” pela avaliação. Mesmo assim, essa elevação não foi suficiente para melhorar a posição no ranking, considerando que outros países tiveram melhores pontuações. Por isso, o país ficou em 60° lugar, atrás da Tunísia, de El Salvador, do Peru e do Irã.

“Além de afastar muitas oportunidades de trabalho e educação, baixos níveis de proficiência também podem impactar indicadores socioeconômicos de um país. O estudo ainda indica que altos índices de proficiência costumam ser acompanhados por renda média, qualidade de vida, PIB e investimento em pesquisa e progresso mais elevados. Uma nação que busca desenvolvimento precisa investir em educação e preparar sua população para oportunidades a nível global”, analisa Wagner.

Para o Diretor Geral da Hult EF Corporate Education no Brasil, Eduardo Santos, ainda falta no Brasil a percepção de que o inglês é competência fundamental para inclusão social e crescimento não só da nação como de cada indivíduo.   

“O inglês no Brasil deve passar a ser considerado uma poderosa ferramenta de inclusão e empoderamento. Falar inglês facilita a entrada no mercado de trabalho e o desenvolvimento profissional, acadêmico e pessoal. Por exemplo, um pesquisador que sabe inglês tem acesso a uma gama de pesquisas relevantes no cenário mundial. O aprendizado do idioma melhora, inclusive, a capacidade de comunicação na própria língua materna. Também é importante perceber a relevância do inglês para o fomento do comércio internacional, exportação de serviços e desenvolvimento do próprio país ”, ressalta Santos.

Dados da pesquisa
De acordo com a pesquisa, o melhor nível conquistado no Brasil foi o moderado e o ranking da classificação é liderado pelas regiões Sul e Sudeste do país liderado por Minas Gerais (534), seguido pelo Paraná (532), Santa Catarina (527), Rio Grande do Sul (526), Distrito Federal (521), Rio de Janeiro (509) e São Paulo (506).

O primeiro lugar do ranking é ocupado pelos Países Baixos, seguido da Áustria e da Dinamarca. Os três piores países, com nível muito baixo, são: República Democrática do Congo, Sudão do Sul e, em último lugar, Iêmen.

Os resultados globais também mostram que Europa é o único continente que apresenta média regional muito alta, apesar de Espanha e Itália ainda continuarem com nível moderado. Na Ásia, a média dos países é moderada; África e América Latina, baixa; e Oriente Médio é muito baixa. 
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