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Grupo Aliança por Pernambuco pede por intervenção na Segurança Pública do Cabo

Publicado em: 23/01/2022 13:18 | Atualizado em: 23/01/2022 13:27

 (PMCSA/Reprodução)
PMCSA/Reprodução
Após o Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, ser considerado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, através do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, como a 2ª cidade mais violenta de Pernambuco, o grupo “Aliança por Pernambuco” anunciou que vai pedir ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pela intervenção no município. O levantamento do Fórum, analisou microdado dos registros policiais e da Secretaria Estadual de Segurança Social (SDS) do ano anterior, e criou uma relação de municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes com taxas de Mortes Violentas Intencionais (MVI) superiores à média nacional. Na lista, a cidade totaliza 188 mortes no ano analisado, correspondente a taxa de 90,0% no comparativo por habitantes. A Prefeitura do Cabo informou que está discutindo e buscando ações junto a SDS, para diminuir os números da violência. 

Em nota, o grupo pede pela intervenção da Força Nacional na região. “Em virtude da galopante onda de violência na cidade do Cabo de Santo Agostinho, que coloca o município entre os maiores no índice de violência em nosso país, o Aliança por Pernambuco vai solicitar ao presidente Bolsonaro que intervenha na área de segurança pública para restabelecer a ordem e paz”, diz o texto divulgado. A Força Nacional de Segurança Pública é um programa que atua em situações de emergência e calamidades.

De acordo com o levantamento do Fórum, o Brasil tem 136 municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes com taxas de MVI acima da média nacional. Somados, eles respondem por 37,4% de todas as Mortes Violentas Intencionais do país. O Cabo de Santo Agostinho, está em segundo lugar no ranking estadual.

“A cidade do Cabo, por estar na área estratégica do Porto de Suape, vem amargando um forte tráfico pesado de drogas e consequentemente a criminalidade vem acompanhando esse movimento, trazendo dias de pânico para todos os cabenses”, diz o trecho da nota do Aliança por Pernambuco.

Respostas
A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho disse ao Diario, que operações para diminuir os números da violência já estão sendo realizadas. Entres elas: a Operação Correntes, que conta com a participação das policiais Civil e Militar, juntamente com a Guarda Municipal e outros órgãos. "Também, foi montado na Praia de Gaibu, uma base da polícia, que conta com videomonitoramento e outros recursos, visando diminuir o número de homicídios nas praias da cidade. Essa solicitação, foi realizada pelo Município e atendida pelo Estado".

A Secretaria Municipal de Defesa Social informou que também está ampliando seu quadro com a contratação de quase 100 novos guardas municipais, novos equipamentos e apoio de viaturas que ajudam a polícia, nos casos de furtos e roubos; na segurança patrimonial e no disciplinamento do trânsito. "Para isso, mais de 100 câmeras instaladas em diversos pontos da cidade, ajudam a diminuir a estatística destes quadros". 

A secretaria também ressaltou que foi lançado recentemente o programa Guardando, que busca contar com o apoio da população, denunciado atos ilícitos sem precisar se identificar para que os casos possam ser elucidados o mais rápido possível. 

Até a publicação desta matéria a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, além das polícias Civis e Militar, não responderam aos nossos contatos, quando questionados sobre o que poderia ser feito para melhorar a segurança na cidade.

O que é a Força Nacional?
A Força Nacional de Segurança Pública é um programa de cooperação entre os estados-membros e a União Federal, a fim de executar, através de convênio, atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública, à segurança das pessoas e do patrimônio, atuando também em situações de emergência e calamidades públicas.

De acordo com o Governo Federal, a Força Nacional é uma integração entre os estados federados e a União, passando a prestar apoio aos órgãos de segurança federais, estaduais e do Distrito Federal, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ou seja, são os estados que auxiliam o estado solicitante. 

Por seu caráter federativo, e não “federal”, atua somente com pedido da unidade federada, feito diretamente pelo governador do estado ou, em caráter pontual, em apoio à Polícia Federal ou a outros órgãos federais e, diferentemente de outras tropas, subordina-se, quando em operação, diretamente, ao comando.
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