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CASO BEATRIZ

Beatriz foi morta em tentativa de silenciamento, afirma SDS

Publicado em: 12/01/2022 14:04 | Atualizado em: 12/01/2022 20:55

 (Foto: Facebook/Reprodução)
Foto: Facebook/Reprodução

Seis anos após o assassinato de Beatriz Angélica Mota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou que a menina de 7 anos foi morta aleatoriamente por Marcelo da Silva, de 40 anos, em um evento realizado pela escola Nossa Senhora Auxiliadora em Petrolina, no Sertão do estado. Em coletiva na manhã desta quarta-feira (12), o secretário Humberto Freire contou que o homem entrou na escola para pedir dinheiro para tentar sair da cidade e, ao ver Beatriz, tentou contato com a criança. De acordo com Humberto Freire, a menina teria se assustado, fazendo com que Marcelo cometesse o crime em uma tentativa de silenciamento. A criança teria levado dez facadas ao invés de 42, como havia sido divulgado anteriormente.

“Novos exames de confirmação foram procedidos até chegarmos no resultado, que foi o laudo divulgado ontem. Ele [Marcelo] já estava com a arma do crime quando entrou na escola. No local estava acontecendo uma festa com mais de duas mil pessoas, então ele alega que conseguiu ter acesso e, encontrando com a vítima, ela teria se assustado. Para silenciar a vítima, ele assassinou a criança. Nós temos um laudo que tem 42 fotografias mas que indica que dez perfurações foram feitas”, explicou o secretário.

A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas na terça-feira (11), que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, a Polícia chegou ao DNA do suspeito

Ainda segundo o gestor da pasta, Marcelo da Silva foi preso em 2017 por abuso sexual de vulnerável e também foi acusado de crime contra o patrimônio.

“O acusado foi preso ao menos três vezes. Uma delas por estupro de vulnerável, outra por crime de patrimônio e agora, com esse indiciamento, por homicídio. [Apesar disso] não há indícios de que tenha acontecido um crime sexual contra a vítima [Beatriz]”, afirmou Humberto Freire. 
 (Foto: Paulo Paiva/DP)
Foto: Paulo Paiva/DP

O secretário também comunicou que as imagens feitas pelas câmeras de segurança foram recuperadas e confirmaram a identidade de Marcelo.

“O suspeito é exatamente aquele que aparece nas imagens. Com relação às imagens estáticas que circulam em que aparenta uma conversa entre eles e um grupo de pessoas é preciso deixar claro que isso não aconteceu. Ele não conversou com essas pessoas”. 

A coletiva também contou com a presença da coordenadora da Central de Apoio às Promotorias (Caop Criminal), Ângela Cruz; do chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Nehemias Falcão; e do gerente geral da Polícia Científica, Fernando Benevides. Os pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lucinha Mota foram impedidos de participar da reunião, mas foram recebidos pelo secretário antes das entrevistas. 

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