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VAQUEJADA

Vaqueiro tem dedo mutilado em vaquejada no interior do estado

Publicado: 16/11/2021 às 19:19

/José Ivanildo e Rui Ferreira. Foto: Sandy James/ Esp. DP foto (@sandyjamesfoto).

/José Ivanildo e Rui Ferreira. Foto: Sandy James/ Esp. DP foto (@sandyjamesfoto).

Uma vaquejada quase se tornou o palco de uma tragédia neste fim de semana. Na disputa pelo prêmio de campeão do torneio, o vaqueiro José Ivanildo da Silva Júnior, 35 anos, teve seu dedo polegar esquerdo mutilado parcialmente enquanto segurava o protetor de cauda de um dos bois. O acidente aconteceu na noite do último domingo (14/11) no município de Venturosa, agreste pernambucano.

Segundo José Ivanildo, tudo acontecia de maneira normal até o momento em que dominou o animal. “Lembro que derrubei o boi normalmente, mas quando fui soltar, o protetor de cauda enrolou no meu dedo e não consegui tirar. Tive muito medo, achei que não iria mais voltar a competir”, disse Júnior, que também é agricultor.

Após a lesão, aconselhado pelo amigo e cirurgião Joaquim Branco, o vaqueiro, acompanhado de sua esposa veio até o Recife, para ser operado no Hospital SOS Mão, localizado no bairro da Ilha do Leite. “Ele estava muito nervoso e por isso preferi não falar com ele. Falei com sua esposa por telefone e indiquei que fosse tratado pelo meu amigo Rui. É o melhor cirurgião de mão da América do Sul”, disse Joaquim Branco.

De acordo com o cirurgião especialista em mãos, Rui Ferreira, a cirurgia foi complexa, no entanto um sucesso. “Ainda existem riscos de infecção, mas ele está bem, o dedo foi revascularizado e a mobilidade voltará ao normal, pois o tendão não foi rompido no acidente”.

Morador do município de Sanharó, no agreste de Pernambuco, Júnior, como é conhecido pelos amigos, faz parte de uma família tradicional das vaquejadas pernambucanas. “Meu tio é um dos melhores vaqueiros do Brasil, e eu aprendi tudo que sei com ele, comecei na vaquejada aos 12 anos de idade. Todos na minha família são vaqueiros, até a minha esposa”, disse Júnior.

O período de recuperação estimado é de três meses, e Júnior não tem dúvidas sobre o que irá fazer após concluir a recuperação. “Assim que eu puder, voltarei às vaquejadas, não estou nervoso e quero muito voltar a competir”. 

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