DIA DO IDOSO

Dia do Idoso é celebrado com saúde e cuidado

Publicado em: 01/10/2021 07:52 | Atualizado em: 30/09/2021 19:34

Marta Rodrigues, de 61 anos, comemorando com as amigas ao ar livre  (Foto: Paulo Paiva (@paulopaivafoto)/DP Foto)
Marta Rodrigues, de 61 anos, comemorando com as amigas ao ar livre (Foto: Paulo Paiva (@paulopaivafoto)/DP Foto)
Responsáveis por fazer parte de 32,9 milhões de pessoas no Brasil, idosos acima de 60 anos comemoram o Dia do Idoso nesta sexta-feira, 1º de outubro, em todo o mundo. O número de idosos no País supera o número de crianças até 9 anos de idade, segundo dados do IBGE, que projeta o futuro brasileiro com uma população idosa maior que a de jovens. A data lembra a importância do envelhecimento com qualidade de vida e, em meio a pandemia da Covid-19 que ainda estamos vivendo, saúde e cuidado se tornaram termos imprescindíveis na vida da população, sobretudo a idosa, classificada pela Organização Mundial de Saúde como prioritária na prevenção da Covid-19.

Mesmo com quase dois anos de pandemia, a médica clínica e geriatra Andréa Figuerêdo explica que a população ainda está aprendendo sobre a doença, segurança da vacina e imunidade dos idosos. Ela recomendou que mesmo com a flexibilização, as precauções não sejam deixadas de lado. "Uso de máscara adequado, distanciamento físico e higiene das mãos. Tomar vacina é uma medida fundamental também. Os idosos imunizados podem voltar às atividades de lazer, atividade física, consultas para revisão do estado de saúde, recomendo que escolham preferencialmente lugares abertos e ventilados e mantenham as precauções, inclusive ao receber parentes ou visitas dentro da própria casa. Acredito que é sempre importante manter os cuidados, mas ficar totalmente isolado dentro de casa tem trazido muitos prejuízos à saúde física e mental dos idosos", disse.

Foi fazendo o uso de uma das recomendações que a artesã Marta Rodrigues, de 61 anos, estava na Praça da Jaqueira, Zona Norte do Recife, ao ar livre, comemorando com o grupo de amigas chamado "As de bem com a vida". "Estou festejando o que, para muitos, não tiveram a honra de ter o que tenho agora. De estar aqui sentada comemorando com as minhas amigas, minha família. Muitas pessoas gostariam de estar fazendo isso e não tiveram a oportunidade. Me sinto privilegiada por ter 61 anos e estar com toda a disposição que muitas pessoas hoje não tem condições de fazer. 61 anos para mim é top".

Empolgada, Marta ressaltou a importância da vacina para a população. "A vacina foi tudo de bom e daqui a pouco vou tomar a terceira dose. Ter vivido esse momento tão trágico, que a gente ainda continua vivendo, mas numa escala bem menor, foi uma surpresa. Tivemos que nos reinventar em vários setores da vida; no lar, a convivência muito mais presente com os familiares em casa. Substituir coisas que a gente fazia lá fora com coisas que a gente tinha que fazer dentro de casa. Eu faço crochê e trabalho com empreendimento. Para mim, foi bom porque passei essa parte da pandemia produzindo para voltar às feirinhas". A convivência com as duas filhas e os quatro netos não foi tão afetada por estarem sempre juntos, "ninguém contraiu o vírus".

Ainda assim, a médica clínica contou ter visto idosos contraindo o vírus mesmo estando dentro de casa, "por pessoas do convívio que se infectaram, como cuidadores, parentes, visitas". "Acredito que isso aconteceu por se sentirem protegidos dentro de casa, podendo se descuidar e se contaminarem mais facilmente", alertou.

Com 66 anos, Alcindo Azevedo relatou ter ficado preocupado no início da pandemia, mas com as duas doses no braço e a terceira dose já marcada, está mais tranquilo para sair. "Quem não se aperreou com essa doença? Ela veio para acabar, matou muita gente e graças a Deus estou contando essa história hoje, aqui. Tinha parado de caminhar quando o parque fechou, voltei assim que ele abriu. O medo diminuiu mais por conta da vacina e não vou deixar de tomar a terceira dose".
Alcindo Azevedo, de 66 anos, praticando exercício físico na Praça da Jaqueira, Zona Norte do Recife  (Foto: Paulo Paiva (@paulopaivafoto)/DP Foto)
Alcindo Azevedo, de 66 anos, praticando exercício físico na Praça da Jaqueira, Zona Norte do Recife (Foto: Paulo Paiva (@paulopaivafoto)/DP Foto)

A geriatra destacou, ainda, que estudos científicos comprovaram problemas de saúde que o isolamento social pode causar, e que a vacina está reduzindo a contaminação, internamento e agravamento da Covid-19. "Acredito que a vacina tenha trazido mais segurança e menos pânico para os idosos que se prejudicaram tanto nessa pandemia, mas precisamos manter as medidas de precaução até que tenhamos mais respostas sobre o comportamento do vírus e suas variantes". 
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL