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Exame de DNA conecta desaparecido à família

Publicado em: 30/08/2021 22:18

 (Pernambucano foi a primeira pessoa viva a ser identificada através de projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Polícia Civil. Foto: MJSP/Divulgação 
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Pernambucano foi a primeira pessoa viva a ser identificada através de projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Polícia Civil. Foto: MJSP/Divulgação
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), possibilitou que um pernambucano em situação de rua, dado pela família como desaparecido, fosse identificado no Sertão. A confirmação do material genético entre familiares foi realizada pela Polícia Científica do estado. 

Francisco, como era conhecido, vivia há anos no centro de Arcoverde e foi o primeiro desaparecido a se reconectar com sua família desde o início do projeto nacional. Ele não tinha documentos que comprovassem a sua real identidade, mas voluntários da cidade iniciaram uma busca com apoio da Polícia Científica. 
A partir da coleta do DNA, foi possível chegar a uma mulher, moradora de Lajedo, no Agreste, que procurava um irmão desaparecido há mais de 30 anos, chamado Cícero.

Materiais biológicos foram coletados e encaminhados para o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, no Recife, que confirmou a identidade de Cícero, cujo sobrenome e idade não foram informados pelo ministério.

O caso foi o primeiro cruzamento de DNA da campanha que chegou à identificação de um desaparecido vivo. O projeto também já garantiu que outras 28 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A identificação foi constatada pelos bancos estaduais em Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O Banco Nacional de Perfis Genéticos, que faz a correlação em nível nacional, auxiliou na identificação de dois restos mortais entre Goiás e Distrito Federal; um entre Goiás e Maranhão; um entre Distrito Federal e São Paulo e um entre Minas Gerais e Espírito Santo. 

Coordenada pelo ministério, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, em parceria com os estados, a ação foi realizada de 14 a 18 de junho em todo o país. Mais de duas mil famílias de desaparecidos forneceram material genético. Os familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos. Saiba mais em www.gov.br/mj/desaparecidos.

REENCONTRO
Uma outra ferramenta lançada pela Polícia Civil, Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) proporciona a localização e a identificação de pessoas desaparecidas em Pernambuco. O Projeto Reencontro, colocado em prática pela primeira vez em setembro de 2020, utiliza a coleta de impressões digitais e pesquisa e dados nos arquivos do Instituto para possibilitar a união do desaparecido com sua família, pondo fim a dramas que muitas vezes se arrastam ao longo de anos.

Em 2019, foram registradas 3,1 mil pessoas desaparecidas em Pernambuco. Em 2020, esse número caiu para 2,5 mil. Cerca de 95% dos casos foram considerados bem-sucedidos, após a identificação das pessoas cujo paradeiro era desconhecido. A Delegacia de Desaparecidos do Recife registrou 25 casos e conseguiu solucionar 17 através do Projeto Reencontro.
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