Vida Urbana
FUNGO PRETO
Infecção por mucormicose é investigada por Comitê Técnico do Hospital Oswaldo Cruz
Publicado: 02/07/2021 às 14:05

/Leandro de Santana/Arquivo DP
A morte de um paciente em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, com suspeita de mucormicose popularmente conhecida como “Doença do Fungo Preto”, está sendo investigada após suposta associação com a Covid-19, pelo Comitê Técnico de especialistas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc). No dia 29 de junho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou que a equipe analisava dois casos. Nesta sexta-feira (2), o secretário André Longo, em coletiva on-line, descartou um dos casos e afirmou que as investigações continuam para o outro. Não foram divulgados detalhes. O primeiro caso de infecção por mucormicose foi registrado pelo Governo de Pernambuco no início de junho, em uma paciente acometida pelo novo coronavírus.
“No início da semana alguns veículos noticiaram dois possíveis óbitos de pacientes com a presença desse fungo, em Serra Talhada. Nós estamos investigando ainda. Um deles é, mas o outro foi descartado, já por não atender a critérios mínimos para o diagnóstico”, explicou.
“No início da semana alguns veículos noticiaram dois possíveis óbitos de pacientes com a presença desse fungo, em Serra Talhada. Nós estamos investigando ainda. Um deles é, mas o outro foi descartado, já por não atender a critérios mínimos para o diagnóstico”, explicou.
Segundo especialistas, a mucormicose é uma doença conhecida há mais de um século, causada por fungos da ordem Mucorales, que têm dezenas de espécies e que existem por toda a parte. Assim como outros fungos potencialmente inalatórios, afeta comumente pacientes com o sistema imunológico debilitado, podendo acometer nariz e outras mucosas. Os sintomas variam de acordo com a localização da infecção. Nos pulmões, pode haver tosse, expectoração e falta de ar. Na face e nos olhos, pode ocorrer vermelhidão intensa e inchaço.
“Temos um Comitê, com a presença de especialistas do Hospital universitário Oswaldo Cruz, que faz essas análises. Nesse momento nós estamos fazendo a investigação desse outro caso, foi relatado como óbito, e que teria possível relação com a Covid-19. Tudo isso é esclarecido na revisão de caso que é feita pela por esse Comitê que faz avaliação dos casos em Pernambuco”, esclareceu o secretário.
Relembre o caso
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) foi notificada no dia 6 de junho, pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), de um caso de infecção por mucormicose, quadro conhecido popularmente como “Doença do Fungo Preto”. A ocorrência foi em uma paciente de 59 anos moradora do município de Casinhas, no Agreste, que teve diagnóstico confirmado de Covid-19 em março, além de ter desenvolvido, em seguida, uma pneumonia bacteriana.
A paciente já está curada da Covid-19, mas no tratamento, apesar de não ter sido hospitalizada, fez uso de antibiótico e corticoides. Ela é diabética, hipertensa, asmática e obesa, e ficou um período internada em enfermaria no Huoc. Antes da admissão no hospital universitário, ela passou por outros serviços, tendo, inclusive, realizado procedimento cirúrgico na região afetada – boca. A infecção por mucormicose foi confirmada por meio de exame histopatológico. A paciente concluiu seu tratamento e já teve alta. Ela foi reavaliada ontem (1º), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, segundo o secretário, e está bem.
“Nesse caso específico a equipe verificou que o motivo que levou a presença do fungo foi o uso indiscriminado de corticoides, inclusive na residência da paciente, que acabou fazendo com que sua diabetes ficasse descompensada, se criando as condições para manifestação fúngica”, explicou Longo, em coletiva na manhã desta sexta-feira (2).
A paciente já está curada da Covid-19, mas no tratamento, apesar de não ter sido hospitalizada, fez uso de antibiótico e corticoides. Ela é diabética, hipertensa, asmática e obesa, e ficou um período internada em enfermaria no Huoc. Antes da admissão no hospital universitário, ela passou por outros serviços, tendo, inclusive, realizado procedimento cirúrgico na região afetada – boca. A infecção por mucormicose foi confirmada por meio de exame histopatológico. A paciente concluiu seu tratamento e já teve alta. Ela foi reavaliada ontem (1º), no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, segundo o secretário, e está bem.
“Nesse caso específico a equipe verificou que o motivo que levou a presença do fungo foi o uso indiscriminado de corticoides, inclusive na residência da paciente, que acabou fazendo com que sua diabetes ficasse descompensada, se criando as condições para manifestação fúngica”, explicou Longo, em coletiva na manhã desta sexta-feira (2).
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