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MANIFESTAÇÃO

No Cabo, manifestantes fazem ato e pedem auxílio emergencial

Publicado em: 14/06/2021 10:50 | Atualizado em: 15/06/2021 10:07

 (Divulgação)
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Uma manifestação formada por 60 entidades, se reuniu na manhã desta segunda-feira (14), em frente à Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul, para reivindicar a gestão, mais uma vez, a criação de um Auxilio Municipal Emergencial, devido a pandemia da Covid-19. Os manifestantes alegam que a fome assola a vida de diversas famílias da cidade e solicitam aos gestores o valor de R$ 250. A prefeitura informou, no fim da tarde, que vai ampliar os serviços de assistência à população.

“Estamos a 100 dias na luta pela instauração desse auxílio. Já tivemos três reuniões com executivos, e tivemos reunião com a presença do legislativo também. Já nos reunimos com a Secretaria de Programas Sociais, inclusive com o Governo do Estado, e já foi sinalizado que existe verba disponível para instalação imediata do auxílio. Mas de uma hora para outra o governo se fecha não dá mais retorno a comissão que estava discutindo e organizando isso junto com a base, e resolve não nos atender. E aí por isso que hoje completando e 100 dias, nós estamos aqui, todas as lideranças, na tentativa de uma resposta definitiva sobre o auxílio emergencial aqui no Cabo de Santo Agostinho”, disse a integrante do Comitê do Auxílio Emergencial, Andreza Romano.

De acordo com os organizadores da manifestação, a prefeitura municipal criou uma comissão para discutir e dialogar com os movimentos sociais, no qual foram realizadas reuniões com os secretários, em que até o dia 22 de abril representantes dos movimentos e a prefeitura teriam um encontro para o detalhamento do parecer municipal sobre o montante que seria destinado para o pagamento do auxílio; quais critérios seriam adotados e quantas pessoas seriam beneficiadas. O encontro, no entanto, não ocorreu.

“O Cabo de Santo Agostinho é hoje um dos municípios onde a Covid-19 tem mais impactado a população, especialmente nas periferias. Temos 25 mil famílias em situação de fome. Esse auxilio é a única alternativa que a gente vê nesse momento de forma mais sustentável. Com o recurso na mão, as famílias vão poder comprar seus alimentos. E esse dinheiro vai circular na comunidade, porque se compra na quitanda, no mercadinho, na farmácia. O recurso circula no comércio e ainda volta em forma de imposto para a prefeitura. Então, para o poder público não é um gasto é um investimento. Essa é uma reinvindicação realmente justa”, disse a coordenadora-geral do Centro das Mulheres do Cabo, Nivete Azevedo.

O protesto, que ocorreu desde as 6h da manhã em frente ao Centro Administrativo do Cabo (CAM I), na Torrinha, no Centro da cidade, contou com a participação de representantes das entidades e movimentos sociais ligados à cultura, religião, comerciantes, direitos da mulher, movimento popular de moradia e associações comunitárias. Os manifestantes, segundo os registros, usavam máscaras e respeitavam os protocolos sanitários, como o distanciamento social.

Em nota enviada as 16h37 da segunda-feira, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho informou que:

"A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho vai ampliar os serviços de assistência à população no período de pandemia. Os cartões alimentação no valor de R$ 50, que vêm sendo pagos desde março aos estudantes da rede municipal, terão o prazo ampliado em três meses, cobrindo junho, julho e agosto. A prefeitura também mantém a campanha solidária de arrecadação de alimentos para as pessoas mais necessitadas, com expectativa de contemplar 20 mil famílias. E, em parceria com a Petrobras, o município viabiliza a famílias em situação de vulnerabilidade, o pagamento, por três meses, de  R$ 120.  A primeira contribuição foi feita na Vila Nazaré e em Suape no último sábado (12). As próximas famílias a serem contempladas moram em Gaibu".
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