Vida Urbana
OPERAÇÃO
Polícia Civil deflagra operação de combate à exploração sexual de adolescentes no Recife
Publicado: 30/12/2020 às 12:20

Delegada Inalva Regina, gestora do DPCA; e o delegado Geraldo da Costa, titular da Delegacia de Crimes Contra a Criança e Adolescente (DECCA)/Foto: Divulgação
A operação é resultado de uma investigação iniciada em agosto de 2017, assessorada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco – DINTEL, e iniciada após uma série de denúncias oriundas de meios diversos, como Disque 100, Ministério Público e Conselho Tutelar. De acordo com a polícia, a organização investigada era responsável por aliciar adolescentes do sexo feminino, para que fizessem programas sexuais com integrantes de uma rede de clientes. Em troca, os membros ficavam com parte da quantia paga. No curso das investigações foi possível identificar sócios, vítimas e clientes do esquema.
Segundo a apuração, em determinado período, os envolvidos chegaram a alugar imóveis, que funcionaram como casa de prostituição, para a realização de festas, que também ocorreram em diversos motéis da Região Metropolitana. Foram identificados indícios de porte ilegal de armas, tráfico de drogas, fornecimento de bebidas alcoólicas às adolescentes, além de armazenamento, produção e compartilhamento de fotografias e vídeos pornográficos das vítimas.
Nesta quarta (30), estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela 1ª Vara de Crimes Contra a Criança e o Adolescente. Na execução, 30 policiais civis - entre delegados, agentes e escrivães - estão envolvidos no trabalho.
De acordo com o delegado Geraldo da Costa, titular da DECCA/DPCA, o principal alvo da operação, o chefe da quadrilha, aliciava as vítimas - com idades entre 14 e 22 anos - através da internet. Os programas aconteciam na casa dele, no bairro de Santo Amaro, onde as vítimas eram “iniciadas”, e, posteriormente, em uma casa de massagem denominada Casa Verde, que funcionava no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife.
Ao todo, quatro suspeitos foram presos. Além do dono do estabelecimento, um sócio, um funcionário do local e uma ex-namorada do chefe da quadrilha, que repassava dicas às vítimas de como se comportar durante os programas.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de induzimento à prostituição de adolescente; favorecimento à prostituição; manutenção de casa de prostituição; rufianismo (que consiste em obter lucro sobre a prostituição alheia); e armazenamento de imagens pornográficas de adolescentes. As penas para esses crimes variam de 1 a 10 anos de reclusão, podendo ser acumuladas caso fique comprovada a participação dos suspeitos em mais de um dos crimes tipificados.
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