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Vida Urbana
DECISÃO

Com decisão apertada, TRT-6 considera greve abusiva e proíbe nova paralisação dos rodoviários

Publicado: 28/12/2020 às 12:40

/Foto: Paulo Paiva/DP Foto

/Foto: Paulo Paiva/DP Foto

Por oito votos a sete, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), julgou, nesta segunda-feira (28), como abusiva a greve realizada pelo Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana que paralisou parcialmente os serviços de transporte público na semana passada. Na audiência de dissídio coletivo, a paralisação, que durou apenas dois dias, a justiça determinou o imediato fim do movimento paredista, com aplicação de multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Apesar da medida, o sindicato reafirmou a possibilidade da continuação da greve.

Em contato com o Diario, o secretário-geral do sindicato da categoria, Josival Costa, tratou a decisão como negativa, diante do acordo firmado anteriormente no TRT para o fim da dupla função de motorista, pagamento do retroativo de julho em dezembro, estabilidade de emprego de seis meses e readmissão dos cobradores. "A gente vê isso como muito negativo, porque já foi um acordo firmado no próprio TRT, e as empresas não cumpiram o que foi acordado lá e temos o entendimento, infelizmente, de que foi o poder econômico que predominou nesse julgamento, que por oito votos a sete deu como abusiva a greve que a gente fez, desrespeitando tudo o que manda a lei", disse.

De acordo com o representante, o sindicato vai marcar a data da assembleia dos rodoviários, que definirá se a greve terá continuidade ou será suspensa de vez. "A diretoria do sindicato vai se reunir e qual ato for, será decidido em assembleia. Se for o ato paredista, a gente vai comunicar à sociedade as datas prévias para não prejudicar de nenhuma forma a população", acrescentou, afirmando que a categoria vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) se posicionou sobre a decisão em nota, dizendo que "espera que a população e a economia locais não sejam mais penalizadas com paralisações ilegais e injustificadas de um serviço essencial, especialmente no contexto de crise no qual nos encontramos". 
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