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Salgueiro inaugura novo serviço na unidade básica de saúde para diagnóstico de Hipertensão Arterial

Publicado em: 06/11/2020 07:25

 (Divulgação)
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O município de Salgueiro, no Sertão pernambucano, inaugurou um novo serviço de aferição da pressão arterial em 20 unidades básicas de saúde através do método de Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA). O novo esquema utilizado trata de um exame destinado a fazer os registros da pressão arterial por longo período de tempo, fora do ambiente do consultório.

 

Os exames serão realizados por pessoas treinadas, que podem ser pacientes, profissionais ou qualquer indivíduo interessado no processo, onde receberão equipamentos prontos para o uso. De acordo com responsáveis pelo novo processo de monitoramento de pressão arterial, as medições são feitas durante o período de cinco dias, em ambiente domiciliar, em horários estabelecidos pelo protocolo do exame. Ao final deste prazo, o paciente devolve o aparelho na Unidade Básica de Saúde (UBS), e os dados são transferidos por tecnologia Bluetooth para a plataforma TeleMRPA.

Após esta fase, as informações são processadas e, posteriormente, analisadas pelo cardiologista  responsável pela emissão dos diagnósticos disponibilizando ao paciente para apresentação ao médico na UBS.

De acordo com o presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Audes Feitosa, atualmente, este serviço só está disponível na rede pública nas cidades de Campos do Jordão (São Paulo), Lucas de Rio Verde (Mato Grosso) e Coxilha (Rio Grande do Sul). 

“Mais de um terço dos pacientes apresentam pressão arterial com valores diversos, para mais, chamada hipertensão do avental branco, ou menos, no consultório. Então, devido a esta variabilidade, é preciso fazer mais medidas ao logo de determinado período para se ter certeza do valor”, afirma.

Ainda segundo Audes, apenas 20% dos pacientes pré-hipertensos apresentam hipertensão mascarada.

“Os efeitos do uso indevido do remédio podem ser hipotensão, tontura, mal-estar, além de outros específicos do remédio. Por outro lado, a falta da medicação para quem precisa pode trazer ainda consequências piores, como a mortalidade”, explica.

O cardiologista Elder Gil, responsável pelos laudos dos exames de MRPA no município de Salgueiro, explica que outro benefício da implementação do exame é ter um diagnóstico local mais preciso do problema.

"Nos próximos dois anos, teremos um panorama da prevalência de Hipertensão Arterial, bem como dos seus fenótipos (Hipertensão do Avental Branco, Hipertensão Mascarada e Normotensão) no município. O uso da MRPA na rotina do médico da família melhorará a adesão medicamentosa e aumentará as taxas de controle da pressão arterial, além de possibilitar uma melhor verificação da eficácia do tratamento anti-hipertensivo”, afirma.

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