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Professores do estado deflagram greve por tempo indeterminado

Publicado em: 05/10/2020 21:52 | Atualizado em: 06/10/2020 11:54

 (Sandy James/ESP. DP)
Sandy James/ESP. DP
Professores da rede estadual de Pernambuco deflagraram greve na tarde desta segunda-feira (5), em uma assembleia geral realizada de forma remota por meio de plataforma online. Cerca de 1.750 professores, professoras, administrativos e analistas da Secretaria de Educação Estadual, que são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) participaram da assembleia.

A "Greve em Defesa da Vida" terá início à 0h desta terça-feira (6) e ocorrerá por tempo indeterminado. Nesta terça, o Sintepe também participa de audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a paralisação. Na quarta-feira (7), continuarão as negociações com o governo do estado em busca de uma resolução para o impasse.

Com 82% dos votos, a categoria aprovou que a greve deve abranger quaisquer atividades presenciais da educação, mas excetua as aulas e atividades remotas que porventura ocorram ou que já estão em andamento. Outros 15% votaram em uma "greve total" e 3% se abstiveram.

"Tendo imposição de governos em retomar as atividades presenciais sem a plena garantia da segurança sanitária, é greve pela vida! Greve pela vida significa não retornar às atividades presenciais. Já as atividades remotas continuam", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e diretor do Sintepe, Heleno Araújo.

Mais de 20 trabalhadores em educação puderam se expressar em quase duas horas de discussões. O presidente do Sintepe, Fernando Melo, ressaltou que o sindicato vai ficar atento às denúncias da categoria sobre pressões para o retorno presencial. 

Justiça

O Sintepe ajuizou ação civil pública a fim de impedir o retorno às atividades presenciais na rede estadual. Fernando Melo lembra que, desde o anúncio do governo, o sindicato tem se posicionado contrário ao retorno em todas as negociações com a Secretaria de Educação, sempre alegando que "no atual estágio da pandemia em Pernambuco, sem estudos técnicos específicos voltados à realidade do espaço escolar, o retorno às aulas é extremamente perigoso", diz.
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