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Parque Capibaribe

Trecho Jardim Baobá, parte do Parque Capibaribe, ainda passa por reformas

Publicado: 26/10/2020 às 19:32

/Foto: Sandy James / Esp. DP

/Foto: Sandy James / Esp. DP

Um dos maiores projetos urbanísticos que a cidade do Recife está para receber, o parque Capibaribe, será entregue por completo só em 2037, na comemoração dos 500 anos do Recife. Até agora alguns trechos do parque, que corta um total de 35 bairros - ao total 30 km de extensão às margens do rio - foram entregues, o Jardim do Baobá, no bairro das Graças, em 2016, e a Praça Otávio de Freitas, no Derby, entregue em 2019.

Para o ano de 2021, está em processo de licitação o trecho Via Parque Graças, as obras começarão após a homologação do resultado final do edital, que está atualmente em fase de submissão de propostas. A obra está sendo encabeçada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). O trecho linear que mede 900 metros abrirá uma nova frente para o rio, integrando margens, calçadas, vias adjacentes, praças, áreas verdes e demais áreas de vitalidade do bairro, ao total o trecho contará com 25.630 metros quadrados de área. Até o final do ano será lançado o livro, "Parque Capibaribe: A Reinvenção do Recife Cidade Parque”, publicação com mais de 300 páginas que contará a história do projeto. 

Segundo a secretaria de desenvolvimento econômico, ciência, tecnologia e inovação, gestora do projeto, as entregas das obras não foram afetadas pela pandemia, o que houve foi uma readaptação interna nas equipes responsáveis.  A construção urbana foi iniciada em 2013 e quer elevar o Recife à categoria de Cidade-Parque no ano de 2037. O parque resgata à proximidade que os recifenses tinham com o rio Capibaribe, o coração da cidade, que sangra e corta a maioria dos bairros, tendo como foco oferecer espaços coletivos de lazer, descanso e bem estar. 

No Jardim do Baobá encontra-se uma das árvores mais antigas da cidade, a árvore centenária do baobá, uma parada quase que obrigatória para as fotos dos turistas e os nativos que passam pelo local. A árvore, de 15 metros de altura e tronco de cinco metros de diâmetro, é tombada como Patrimônio do Recife desde 1988. "Deveriam ter mais plaquinhas educativas pelo parque, indicando onde é o lixo. O baobá deveria ser isolado, muitas pessoas o riscam", falou um zelador local, Valdecir Batista, 50 anos. "Não acho que as mensagens escritas na árvore sejam um ponto negativo, essa árvore é a coisa mais linda que há nessa cidade", discordou Vagner Montenegro, 32. 

No mesmo trecho do equipamento público, que foi entregue há quatro anos atrás, os banheiros aparentemente prontos, permanecem fechados. A secretaria responsável pela obra informou que o acesso aos banheiros foi interrompido por questões de manutenção do local, como o jardim possuí características de um projeto piloto ele passa por fases de readequação.

 As pessoas também sentem falta de um parque infantil maior para as crianças brincarem, o trecho só dispõe de apenas três balanços que, no momento, passam por reformas e estão interditados. Sobre isso, a secretaria de desenvolvimento econômico, ciência, tecnologia e inovação informou que, a reforma nos balanços já acabou e que no início de novembro os balanços estarão disponíveis novamente. “O Jardim do Baobá deve receber novas áreas vizinhas de lazer, inclusive para crianças, com a expansão do Parque Capibaribe no sentido da Ponte da Torre. No projeto do trecho batizado de Ponte D’Uchoa temos, além de um parque infantil, uma praça, redário, dois mirantes, espaço para foodtrucks e rota ciclável”, informou a secretaria responsável pela obra.

 Existe também, no local, um píer flutuante que permite uma conexão maior com a natureza, através do mangue e do rio. Não é difícil visualizar lixo nas margens do capibaribe e nos arredores do píer. As pessoas que frequentavam o local, informaram à reportagem do Diario de Pernambuco que a iluminação em LED do local funciona bem, no local também ficam disponíveis mesas e bancos para piqueniques.

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