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Donos de parques temáticos realizam protesto e pedem reabertura dos espaços

Publicado: 09/09/2020 às 10:52

/Peu Ricardo/DP Foto

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Donos de parques temáticos realizam um protesto na manhã desta quarta-feira (9), na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, cobrando a volta das atividades do setor. Parques aquáticos, de diversão e jogos estão fechados há mais de cinco meses devido à pandemia do novo coronavírus. O grupo ergueu faixas e cartazes fazendo um apelo pela manutenção dos empregos e defendendo que têm condições de seguir normas sanitárias necessárias para evitar o contágio da Covid-19.

“Precisamos pressionar o governo para que adiante o cronograma de retorno dos parques. São famílias que dependem desses empregos. Resorts que oferecem serviços parecidos já voltaram, a praia foi liberada e nós continuamos no prejuízo”, reclama o sócio do Sussuarana Park, David Lourenço, 33. O espaço fica localizado na Guabiraba e recebia cerca de 3 mil visitantes por mês. "Temos 18 funcionários, além dos colaboradores terceirizados que também dependem da nossa atividade para sobreviver", lamenta.

No último dia 25 de agosto, representantes dos parques temáticos se reuniram pessoalmente com os secretários Alberis Lopes e Bruno Schwambach, para entregar a pauta de reivindicações da categoria. A reabertura dos parques está prevista para a décima etapa do Plano de Convivência com a Covid-19.

De acordo com um documento elaborado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e pela Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (Adibra), foram estabelecidos critérios para a reabertura. São eles o distanciamento social, higiene pessoal, sanitização de ambientes e monitoramento.

No protocolo estabelecido pelos representantes, os parques funcionarão com apenas 30% da capacidade. “Nós continuamos com gastos de manutenção dos nossos espaços, energia e água, mesmo sem qualquer faturamento. Estamos fazendo um esforço para não demitir nossos funcionários. Mas a situação está muito difícil. Outros estabelecimentos similares já abriram e nossa categoria continua sendo sacrificada. Temos todas as condições de cumprir os protocolos exigidos”, comenta o sócio do Splash EcoPark, Renato Wanderley.

O atendente Iranildo da Silva, 26, está desempregado há dois meses. Ele trabalhava em um dos parques Game Station e saiu com a promessa de retornar após a reabertura. "Nós entendemos que é uma questão de saúde, mas existe um plano de convivência determinando as normas que precisarão ser seguidas e, assim como outros estabelecimentos, os parques também têm condições de abrir com toda segurança", defende.
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