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Julho Amarelo: Mês de luta contra as hepatites virais é lembrado no HC

Publicado em: 08/07/2020 21:03 | Atualizado em: 08/07/2020 21:09

 (Foto: Leandro de Santana/Esp. DP)
Foto: Leandro de Santana/Esp. DP
Julho Amarelo é a campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e controle das hepatites virais, que são as principais causas de câncer no fígado. No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), os pacientes são tratados no Ambulatório de Hepatologia, após serem encaminhados pela Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). Em 28 de julho, será celebrado o dia mundial de luta contra as hepatites virais.

São cinco tipos de hepatites virais: A, B, C, D e E, sendo mais frequentes no Brasil as A, B e C, com mais de 99% dos casos notificados de 1999 a 2018, segundo o Ministério da Saúde. O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue de sorologia. Nas hepatites B e C, o teste rápido, que usa uma gota de sangue, dá o diagnóstico em 15 minutos. Após o teste rápido positivo, o exame laboratorial PCR é realizado, para confirmar a presença do material genético do vírus.

“As hepatites A e B possuem vacina, forma segura de prevenção, oferecida pelo SUS e incluída no calendário vacinal da criança. Já os adultos também podem se vacinar para prevenir a hepatite B de graça, nos postos de saúde”, explica a hepatologista Andrea Dória, do HC, supervisora do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia do HC.

A hepatite tipo A está relacionada às más condições de saneamento básico e de higiene, sendo transmitida por alimentos ou água contaminados pelas fezes de um doente. Tem como sintomas o surgimento de vômitos, dor abdominal, urina escura, além de pele e olhos amarelados (icterícia). Quando curado, o paciente não apresenta sequelas.

A hepatite B é transmitida pelo esperma e secreção vaginal (via sexual) e pelo contato com sangue contaminado. A transmissão pelo tipo C se dá, principalmente, pelo contato com o sangue contaminado. “Elas geralmente evoluem para um quadro de hepatite crônica, com poucos sintomas aparentes, até que surgem as complicações, como a cirrose e o câncer de fígado. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes de evitar as complicações”, salienta Andrea Dória.

Os tratamentos para as hepatites B e C são baseados em medicamentos orais antivirais, fornecidos pelo SUS. “A hepatite A não requer tratamento específico, mas necessita de acompanhamento. Alguns pacientes com hepatite B crônica e todos os pacientes com hepatite C crônica necessitam de tratamento com medicações antivirais”, esclarece Andrea Dória.
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