Educação

UFPE faz reunião para debater situação orçamentária

Publicado em: 08/08/2019 13:38 | Atualizado em: 08/08/2019 16:57

Foto: Passarinho/UFPE/Divulgação.
A Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizou, nesta quinta-feira (8), uma reunião com os diretores de centros acadêmicos, chefes de departamento, coordenadores de curso de graduação, coordenadores de pós-graduação e gestores de infraestrutura dos centros para debater a situação orçamentária da universidade, em função do bloqueio de recursos efetuado pelo Ministério da Educação (MEC).

O reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, abriu o encontro, no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), falando sobre o reinício das aulas e a retomada das atividades acadêmicas da instituição. Ele destacou a importância social da universidade.

Em seguida, o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças,Thiago Galvão, fez uma apresentação sobre a situação financeira da instituição, detalhando os recursos recebidos, os valores bloqueados e as despesas correntes da UFPE. Galvão destacou que é o desbloqueio dos recursos pelo MEC é fundamental para a manutenção das atividades.

Nessa terça-feira (6), a UFPE anunciou a suspensão do uso de ar-condicionado em salas de aula com janelas e outras dependências internas nos três campi (Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru). O aparelho deverá ser utilizado somente em ambientes indispensáveis, como laboratórios de pesquisa e locais com equipamentos que necessitem de refrigeração. A medida só não será aplicada no Hospital das Clínicas (HC).

A instituição também passou a recomendar o uso racional de energia elétrica por seus alunos, professores e funcionários. A orientação é só acender lâmpadas em momentos realmente necessários e nunca deixar sala vazia com luz acesa. O gasto anual com energia é de aproximadamente R$ 20 milhões. A instituição não soube informar de quanto será a economia com a implementação da medida.

De acordo com Thiago Galvão, a universidade recebeu do Ministério da Educação, em agosto, R$ 8,6 milhões para custear a manutenção, quando o repasse deveria ser de R$ 14,3 milhões. O mesmo aconteceu em julho. "Como sinalizamos em maio, quando o bloqueio foi feito, estamos no último mês com orçamento previsto. Estamos tentando reduzir as despesas, uma vez que já não temos como empenhar a conta de energia do próximo mês", afirmou.

A universidade segue com 30% do orçamento bloqueado pelo poder executivo. Nesse índice, estão R$ 49,4 milhões, destinados à manutenção, e R$ 5,6 milhões em investimento na estrutura. Caso o dinheiro continue retido, o funcionamento da instituição ficará comprometido a partir de setembro. "A partir do próximo mês, caso não haja um desbloqueio, o funcionamento da universidade está comprometido, inclusive em relação às aulas. Não temos como empenhar serviços básicos de manutenção, como limpeza", disse Galvão.


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