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Governo convoca mais 511 agentes da Polícia Civil

Publicado em: 12/08/2019 13:48 | Atualizado em: 12/08/2019 14:03

Foto: Hélia Scheppa/SEI. (Foto: Hélia Scheppa/SEI.)
Foto: Hélia Scheppa/SEI. (Foto: Hélia Scheppa/SEI.)
Os 511 aprovados no concurso de agente da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) iniciaram nesta segunda-feira (12) o Curso de Formação da Academia Integrada de Defesa Social (Acides). Uma aula inaugural aconteceu no Auditório Tabocas, do Centro de Convenções, em Olinda. O efetivo deve ser alocado para as vagas existentes nas 272 unidades operacionais, entre delegacias e plantões de todo o estado a partir de janeiro de 2020.

Com esta convocação, Pernambuco passa a ter 1.131 agentes e mais de 6 mil policiais civis. A formação tem caráter eliminatório. Por isso, ao final do curso, pode ser que menos de 511 policiais integrem o efetivo. O Curso de Formação tem 716 horas/aula, e segue até 27 de dezembro. O treinamento inclui disciplinas práticas e  teóricas, como Investigação Policial; Inteligência de Polícia Judiciária; Abordagem Policial; Armamento, Munição e Tiro; Direitos Humanos; Criminalística; Prática Policial; e Gerenciamento de Crises e Desastres. A formação acontece na Academia Integrada de Defesa Social (Acides), no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. 

"É um movimento que fazemos com essa nomeação seguindo a trajetória de redução a cada mês. Já são 20 meses de redução de homicídios e 23 meses de diminuição de roubos e furtos. A situação ainda exige muito trabalho e esforço. Há mais de dois anos estamos fazendo essas contratações de policiais militares e civis", comentou o governador Paulo Câmara.

Esta é a última fase do concurso que iniciou em 2016. Inicialmente, eram ofertadas 500 vagas. Em fevereiro do ano passado foram convocados 850 classificados no concurso para diversos cargos na Polícia Civil. Entre eles, 620 agentes. A partir do chamado da segunda turma, o número de novos agentes é mais que o dobro em relação ao previsto no edital. Esses 511 que iniciam na Academia são renascentes do certame.

Durante o período de duração do curso, os alunos têm direito a bolsa-formação de R$ 1.100. Ao fim da formação, os aprovados ficam habilitados para a nomeação e posse. Para o chefe da PCPE, Joselito Kehrle do Amaral, as nomeações valorizam a corporação. "Esses novos agentes se integrarão aos que já estão na ativa para que Pernambuco continue a redução nos crimes contra a vida e patrimônio. Quando assumimos a gestão, os números eram de 551 homicídios por mês e em julho tivemos 247 homicídios. Ainda é muito, mas com essa força adicional, a confiança nessa tropa é de que essa redução seja ainda mais significativa", disse.

Com essas contratações, o orçamento da segurança em 2019 chega a R$ 4,7 bilhões, investimento que deve ser não apenas na efetivação de policiais, mas também de melhorias estruturais, segundo o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua. "Somente em 2018 foram mais de R$ 4.3 bilhões. Então estamos ampliando esse investimento para que possamos não só fazer a contratação de pessoal, mas também reforçar as estruturas das delegacias, substituir viaturas e outras unidades da polícia", comentou o secretário.

Foto: Mariana Fabrício/DP Foto. (Foto: Mariana Fabrício/DP Foto.)
Foto: Mariana Fabrício/DP Foto. (Foto: Mariana Fabrício/DP Foto.)

Manifestação
Durante a cerimônia de formação, um grupo de dez aprovados no cadastro reserva do mesmo concurso da Polícia Civil do ano de 2016 para o cargo de perito criminal pediam novas convocações. Weydson Silva, de 27 anos, está desempregado e aguarda a convocação. "O diálogo que temos com o governo é positivo, vemos o interesse em nos contratar e estamos aguardando ansiosamente nossa oportunidade. Estamos esperando a convocação para o curso de formação e em seguida prestar serviços para o estado, sobretudo para o Sertão, como prevê a vaga do cadastro reserva", conta.

Na época, o edital foi aberto para 96 vagas e 130 auxiliares de perito já foram chamados. Porém, um grupo de 73 aprovados aguardam convocação. "A gente sabe que a Polícia Científica está com defasagem e o certo é que cada perito tenha um auxiliar de perito por cada ocorrência. Hoje isso não ocorre e os peritos trabalham dobrado sem reforço na equipe. A nossa entrada completaria esse quadro", comenta Weydson.

A respeito da reivindicação, o governador comentou que as contratações dependem da situação fiscal do estado. "O cenário fiscal é difícil. Fizemos a nomeação de todas as vagas previstas no concurso e depois dobramos essas vagas. A situação exige mais trabalho, mas o que a gente puder fazer de contratação dentro da responsabilidade fiscal, estaremos fazendo e essas nomeações mostram isso", argumentou Câmara.
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