Capacitação
Profisionais da Atenção Básica participam de capacitação sobre doença falciforme e racismo institucional
Publicado em: 25/06/2019 14:11 | Atualizado em: 25/06/2019 14:18
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| Foto: PCR/Divulgação |
Serão abordados os aspectos clínicos e laboratoriais da doença, estratégias para o diagnóstico e acompanhamento adequado dos pacientes. As atividades são alusivas ao Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme, celebrado na última quarta-feira (19). Nas oficinas, os profissionais terão a oportunidade de se aprofundar no histórico da doença, e discutir estratégias de enfrentamento ao racismo institucionaL, disse Rosimery Santos, coordenadora da Política de Saúde Integral da População Negra do Recife.
Organizada pela Coordenação da Política de Saúde da População Negra do Recife, já que a doença prevalece neste segmento populacional. Quase 60% da população da capital pernambucana é negra (preta ou parda), de acordo com o IBGE. A enfermidade consiste em uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e adquirem o aspecto de foice, dificultando a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos e a oxigenação do tecido. A doença pode provocar dores fortes, atraso no crescimento e problemas neurológicos, cardíacos, pulmonares, renais, entre outros.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a doença falciforme é uma das doenças genéticas e hereditárias mais presentes em todo o mundo, sendo mais prevalente nos lugares que possuem maior concentração de afrodescendentes. A doença pode ser diagnosticada no recém-nascido através do teste do pezinho, em que gotas de sangue são coletadas do calcanhar do bebê. Na população em geral, o diagnóstico é realizado com o exame da Pesquisa das Variantes da Hemoglobina, realizado pelo Laboratório Municipal de Saúde Pública do Recife.
A rede municipal de saúde oferta o exame diagnóstico da doença falciforme para todas as gestantes durante o pré-natal, assim como disponibiliza, para toda a população, a coleta descentralizada de sangue nas unidades de saúde, para diagnóstico laboratorial. Pessoas com doença falciforme ou traço falciforme (quem recebe de um dos pais apenas um gene da enfermidade, não desenvolvendo a doença) são encaminhadas para orientação genética, acompanhamento e assistência nos ambulatórios especializados de hematologia das Policlínicas Lessa de Andrade e Alberto Sabin), na rede municipal, assim como para a rede estadual de saúde, no Hemope.
