Saúde

Pernambuco confirma primeira morte por influenza A neste ano

Publicado em: 03/05/2019 10:33 | Atualizado em: 03/05/2019 10:40

Foto: Reprodução/Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Agência Brasil.)
Foto: Reprodução/Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Agência Brasil.)

Foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco a primeira morte por influenza A no estado. O caso aconteceu com um homem na faixa etária dos 50 anos que morava no munípio de Petrolina. A morte ocorreu em fevereiro. De acordo com a SES, a infecção viral que provocou a morte foi não subtipada, ou seja, quando o exame laboratorial não detecta o subtipo.

Além desse caso, já confirmado pelo o estado, a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) investiga a morte de uma estudante de medicina, de 17 anos, por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A jovem deu entrada no último sábado (27), com vômito, febre e dores no corpo, em uma únidade de saúde da capital e faleceu no mesmo dia.

Até o último dia 13.04, foram notificados 894 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo 790 (88,4%) em crianças menores de 6 anos. Do total de casos, 9 tiveram resultado laboratorial positivo para a influenza B, 1 para influenza A(H1N1) e 1 para influenza A não subtipado. 

Em comparação ao mesmo período de 2018, com 366 casos, houve um aumento de 144,3% nas notificações de Srag. Desses 366, 37 positivaram laboratorialmente para influenza A(H1N1) e 18 para influenza A(H3N2).

A síndrome respiratória aguda grave pode ser provocada por diversos agentes (vírus, bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia (desconforto respiratório). 

Vacina
Neste sábado (4) acontece o Dia D de vacinação contra a influenza em todo o estado. Até o momento, já foram vacinados 23,7% do público prioritário, sendo 628.799 pessoas. A meta é beneficiar, no mínimo, 90% do público total até o fim da campanha, em 31 de maio. A abertura da ação será na Upinha de Jardim São Paulo, na Praça de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Mais de 2 milhões de pessoas ainda precisam ser imunizadas, representando 76% do público total, formado por 2,6 milhões de pernambucanos. Somente neste ano, até o dia 13 do último mês de março, 11 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) tiveram resultado laboratorial positivo para influenza.

Os públicos prioritários contra a influenza são: crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas.

A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.

Em caso de alergia ao ovo (pessoas que após ingestão apresentaram apenas urticária), não há contraindicação, mas, em quadros clínicos específicos, como alergia grave, é importante que a imunização seja feita em ambiente adequado (local com urgência e emergência) e com supervisão de profissional de saúde que possa reconhecer e prestar atendimento surgindo uma condição alérgica.

O que é
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recémâ€contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz.

A doença é caracterizada por um início súbito de febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode durar duas ou mais semanas. A maioria das pessoas recupera-se da febre e de outros sintomas dentro de uma semana. Complicações ou morte podem ocorrer especialmente em pessoas de alto risco.

Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo possível a eliminação do vírus por até três semanas. 
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