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TRAGÉDIA

Escombros de imóvel começam a ser removidos em Afogados

Publicado em: 24/05/2019 07:46 | Atualizado em: 24/05/2019 13:57

Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto. (Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto.)
Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto. (Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto.)
Os escombros que restaram do prédio que desabou na última quarta-feira (22) no bairro de Afogados, começaram a ser removidos na manhã desta sexta-feira (24). O trânsito na rua Imperial, no bairro de São José, no Centro do Recife, foi interditado para que as equipes concluam os trabalhos que devem durar, pelo menos, três dias. O imóvel ficava localizado na rua da Paz, e o tráfego naquela localidade foi desviado para a Avenida Sul. Parte do imóvel desabou durante uma obra e o que restou das residências foi demolido no fim da tarde de ontem.

De acordo com a Defesa Civil, a parte do imóvel que ficou de pé tinha um comprometimento estrutural alto e, por esse motivo, não poderia ser habitado novamente. A moradora Alba Valéria Guimarães, 49 anos, morreu soterrada e 12 pessoas sofreram ferimentos. O corpo de Alba foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) por familiares na manhã desta sexta. O sepultamento deve ocorrer no município de Paulista, no Grande Recife. 

O delegado de Afogados, Igor Leite está à frente das investigações e aguarda os resultados dos laudos do Instituto de Criminalística (IC) e da Defesa Civil para fazer diligências. O prédio era uma construção irregular e foi notificado pela Diretoria de Controle Urbano (Dircon), em 2008, mas nada se fez. Segundo a Defesa Civil, o imóvel apresentava vícios construtivos.

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Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto. (Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto.)
Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto. (Foto: Ione Nascimento/Esp.DP Foto.)
O dono do imóvel não apareceu ao local da tragédia. Enviou um advogado, Márcio Lima. “Ninguém vai ficar desamparado”, afirmou o advogado, detalhando que o proprietário  se comprometeu em indenizar as vítimas. Para os parentes de Alba Valéria, segundo ele, teria sido garantidas as despesas funerárias e a devolução do valor dos três últimos aluguéis.

O valor cobrado aos inquilinos variava, ficando entre R$ 300 e R$ 400. Quanto aos demais, o advogado disse que será pago um auxílio-moradia e ajuda para compra do que eles perderam. Tudo negociada. “Tinha uma obra e vamos esperar o resultado do inquérito e do laudo”, frisou.

O prédio era uma construção irregular e foi notificado pela Dircon, em 2008, mas nada se fez. No térreo, funcionava um ferro velho. No piso superior, 16 quitinetes. Destas, sete, estando duas em obras, ficavam na ala mais próxima à Ponte de Afogados. E onde houve o desabamento. A outra ala tinha nove quitinetes.
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