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Começa a integração temporal no Metrô do Recife

Publicado em: 30/04/2019 07:06 | Atualizado em: 30/04/2019 07:33

O Terminal Integrado do Recife tem seis linhas que transportam por dia cerca de 23 mil passageiros. 
Foto: Paulo Paiva/DP. (O Terminal Integrado do Recife tem seis linhas que transportam por dia cerca de 23 mil passageiros. 
Foto: Paulo Paiva/DP.)
O Terminal Integrado do Recife tem seis linhas que transportam por dia cerca de 23 mil passageiros. Foto: Paulo Paiva/DP. (O Terminal Integrado do Recife tem seis linhas que transportam por dia cerca de 23 mil passageiros. Foto: Paulo Paiva/DP.)

A partir desta terça-feira (30), a Estação Recife começa a funcionar com esquema de integração temporal. Com a mudança, 45 mil usuários que circulam diariamente pela estação irão realizar a integração metrô/ônibus exclusivamente com o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM), seja Comum, Trabalhador, Estudante ou Livre Acesso sem que seja debitada uma nova tarifa no segundo embarque dentro do período de duas horas.

A ação visa coibir a evasão de receita resultante da entrada irregular de passageiros através dos portões do terminal integrado. Duas estações do metrô do Recife já funcionam com integração temporal: Cavaleiro, na Linha Centro, e Largo da Paz, na Linha Sul.

Ao sair do metrô e desembarcar no terminal integrado de Recife, os usuários das linhas 101 - Circular (Conde da Boa Vista / Rua do Sol); 104 - Circular (IMIP); 107 - Circular (Cabugá /Prefeitura); 116 - Circular (Príncipe); e 117 - Circular (Prefeitura/Cabugá), devem embarcar pela porta dianteira dos ônibus e passar o cartão no validador. De igual modo, ao desembarcarem no terminal, devem passar o cartão nos validadores da Estação.

Para melhorar a receita do metrô do Recife, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) aposta em um maior controle do acesso dos usuários ao sistema. Uma porta escancarada para a entrada de passageiros sem pagar, segundo a direção do Metrorec, são as integrações. As falhas na segurança da integração ônibus/metrô resultam numa perda de cerca de R$ 200 mil por mês só na Estação Recife. 

A estimativa é que uma média de quatro mil usuários acesse a integração passando pelos portões da área de embarque e desembarque dos ônibus, sem que a segurança do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano consiga impedir. As negociações junto ao Consórcio tiveram início em janeiro deste ano e, apesar da resistência da empresa, o metrô decidiu implantar o modelo de integração temporal na estação Recife.

Das 15 estações integradas do metrô com os ônibus, já foram feitas integrações temporais em Cavaleiro, onde se reduziu em 400% a evasão de receita, e no Largo da Paz, com queda de 20%. Na integração temporal, o usuário que paga pelo VEM tem até duas horas para usar o metrô, após descer do ônibus, ou pegar um coletivo em qualquer lugar da cidade depois de descer do metrô. O sistema permite essa integração apenas com o cartão VEM. Nesse caso, o passageiro que chegar de ônibus paga a passagem com o cartão e, para entrar no metrô passa pelas catracas na entrada principal, usa novamente o cartão. A leitura magnética identificará que se trata de um usuário originário da integração e a entrada é automaticamente liberada.

O Terminal Integrado do Recife tem seis linhas que transportam por dia cerca de 23 mil passageiros. Desse total, 5,2 mil pagam em dinheiro. Na prática, ficariam impossibilitados de acessar a catraca do metrô pela falta do cartão VEM. Já os usuários que adquirirem o cartão nas bilheterias do metrô também não teriam como integrar com as linhas de ônibus. A empresa sugere na nota que “o restabelecimento das discussões relativas à implantação da integração temporal e adiamento para janeiro de 2019 para aproveitar o período de férias.” A direção do metrô informou pela assessoria de imprensa que a decisão está mantida.
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