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Polícia civil abriu inquérito para investigar casos de agulhadas no carnaval de Pernambuco

Publicado em: 06/03/2019 20:43 | Atualizado em: 06/03/2019 20:48

Crédito: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

A Polícia Civil de Pernambuco instaurou inquérito policial, com base nas informações da Secretaria Estadual de Saúde e no que fora divulgado pelos veículos de imprensa, para apurar o suposto crime de expor a risco a vida de outrem por transmissão de moléstia grave, capitulado no artigo 131 do Código Penal Brasileiro. A pena é de reclusão, em regime fechado, de até quatro anos.

A Polícia Civil oficiará à direção do Hospital Correia Picanço, no sentido de identificar e tomar por termo as declarações das vítimas que se dirigiram à unidade especializada de saúde, pois as vítimas não procuraram a polícia para registrarem os fatos. Em nota, a PCPE conclama as vítimas a comparecerem voluntariamente e registrarem o respectivo Boletim de ocorrência em uma das suas unidades. Cada caso ensejará um inquérito policial distinto.

Durante o período carnavalesco, várias pessoas dirigiram-se ao hospital Correia Picanço - referência estadual no tratamento de doenças infecto-contagiosas – no bairro da Tamarineira, relatando terem sido furadas por seringas. Até a terça-feira (5), cerca de 10 pessoas teriam dado entrada na unidade de saúde. Na manhã desta quarta (6), a Secretaria de Saúde do Estado divulgou boletim afirmando que este número de vítimas subiu para 25. Deste quantitativo registrado, pelo menos 15 eram mulheres, com idade variando entre 17 e 46 anos. 
 
 
Um dos casos foi o de uma moradora de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, que teria sofrido um ataque de um seringa durante o show do Monobloco, na madrugada da última segunda-feira (4). O relato foi feito por uma amiga que estava presente, Maria Rita Aderaldo, que veio do Distrito Federal para curtir o Carnaval. "No meio do show de Monobloco, no Marco Zero, estamos de saída quando um homem, vestido de branco, veio na direção oposta e furou a minha amiga", relata.

Diante do ocorrido, a turista decidiu não mais participar do Carnaval do Recife. "Nós ficamos com medo e, por isso, decidimos ir para a casa de parentes em Fortaleza. Infelizmente, depois do que aconteceu, eu não tenho mais vontade de voltar", finaliza.
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