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Missionários pernambucanos ficam desabrigados após ciclone em Moçambique

Publicado em: 19/03/2019 11:21 | Atualizado em: 19/03/2019 11:41

Foto: Cortesia/WhatsApp. (Foto: Cortesia/WhatsApp.)
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Com informações da Agência Brasil.

A comunidade de missionários da Obra de Maria que desenvolve trabalhos sociais e de evangelização em Moçambique, na África, foi atingida pelo furacão que devastou a localidade no último final de semana. O ciclone Idai destruiu escolas, hospitais, estradas e até agora foram confirmadas mais de 300 mortes. De acordo com o presidente de Moçambique, Filipe Nuysi, as fortes tempestades podem ter deixado mais de 1 mil mortos.

As missões da Obra de Maria e Fazenda Esperança funcionam em uma escola no distrito de Dombe, região central de Moçambique e são mantidas com a ajuda de brasileiros. De acordo com o fundador da Obra de Maria, Gilberto Barbosa, mais de 80% de tudo o que já foi construído foi arrasado pelo Idai. Ao todo, mais de 10 brasileiros estão em missões na região. Entre eles estão três pernambucanos. Com a passagem do vento a 170 quilômetros, todos ficaram sem água potável, energia, abrigo e comida.

"Teremos que reconstruir quase tudo. Perdemos a horta que cultivava feijão e milho. A população vive da agricultura e se alimenta de uma papa de milho três vezes ao dia. Várias pessoas da comunidade morreram", lamentou. 

Foto: Cortesia/WhatsApp. (Foto: Cortesia/WhatsApp.)
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Preocupado com a situação dos missionários, Gilberto disse que está mantendo contato com autoridades estrangeiras e também com o bisco moçambicano para ajudar todos os desabrigados. As doações para a Obra de Maria podem ser feitas no Banco do Brasil, agência 3613-7, conta-corrente de número 6396-7. O CNPJ da Associação Comunidade Obra de Maria é o: 00.303.435/0001-05.

Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmaram que a tempestade provocou o pior desastre natural a atingir o Hemisfério Sul. Mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas pelo mau tempo no país. O cenário descrito pela ONU é de devastação.

O ciclone Idai, que passou também pelo Malaui e o Zimbabue, deixou pelo menos 222 mortos, segundo balanço provisório divulgados pelos governos nessa segunda-feira. O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou ontem que mais de mil pessoas podem ter morrido.

Além dos efeitos inciais provocados pelo fortes ventos e a chuva, grande região de Moçambique convive agora com inundações. Lola Castro, do Programa Alimentar Mundial, diz que há áreas em que a água está seis metros acima do nível normal. O Rio Buzi, na província de Sofala, saiu do seu leito, matando dezenas de pessoas. Representantes do programa estão na Cidade da Beira, capital da província de Sofala, distribuindo alimentos em escola da região.

Foto: Cortesia/WhatsApp. (Foto: Cortesia/WhatsApp.)
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Nos três países mais afetados pelo ciclone, as pontes e as estradas estão destruídas, o que dificulta as operações de socorro. A ajuda humanitária tenta chegar de helicóptero e em botes de borracha. 

Em Moçambique, uma área de 100 quilômetros está totalmente inundada. "Estamos trabalhando com a Nasa, a agência espacial norte-americana, e com a Agência Espacial Europeia para obter informações mais completas sobre as áreas afetadas e o número de pessoas presas lá”, afirmou Carolina Haga, da Federação Internacional da Cruz Vermelha.

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à população que reside perto dos rios da região para que abandonem a área “para salvar as suas vidas”.

A União Europeia anunciou hoje um apoio de emergência de 3,5 milhões de euros para ajudar a população africana afetada pelo ciclone - 2 milhões para Moçambique, 1 milhão para o Malaui e 500 mil ao Zimbabue.
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